sábado, 30 de julho de 2022

31/52 – ESDRAS E NEEMIAS

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”


31/52 – ESDRAS E NEEMIAS


Temos percorrido os livros da Bíblia e é incrível como que em todos eles Deus deixou as marcas da Sua bondade e da Sua severidade claramente reveladas, especialmente na História do Povo de Israel, nação protagonista do Antigo Testamento, que tem como seu reflexo a Igreja de Cristo na Nova Aliança. Portanto, o judeuzinho infiel do passado bem pode estar sendo representado por muitos crentinhos de hoje que igualmente estão provocando a ira do Senhor por não se arrependerem de seus pecados. Bem como nos dias atuais também vem se despontando um remanescente cristão que bem representa o remanescente fiel de Israel que experimentou da bondade do seu Deus.


E foi na leitura de Esdras que me deparei com uma declaração que faz um paralelo perfeito com Romanos 11:22, diz assim:

“A mão bondosa de nosso Deus está sobre todos os que o buscam, mas o seu poder e a sua ira são contra todos os que o abandonam.” (8:22) Esdras bem sabia que “por causa dos nossos pecados, nós, os nossos reis e os nossos sacerdotes temos sido entregues à espada e ao cativeiro, ao despojo e à humilhação nas mãos de reis estrangeiros, como acontece hoje.” (9:7) E ele ainda completa a oração de confissão nos versos 13-15 dizendo: “Depois de tudo o que nos aconteceu por causa de nossas más obras e por causa de nossa grande culpa, apesar de que, ó Deus, tu nos puniste menos do que os nossos pecados mereciam e ainda nos deste um remanescente como este, como podemos voltar a quebrar os teus mandamentos e a realizar casamentos mistos com esses povos de práticas repugnantes? Como não ficarias irado conosco, não nos destruirias, e não nos deixarias sem remanescente ou sobrevivente algum? Ó Senhor, Deus de Israel, tu és justo!” Sim, como muitos de nós, estes judeus tinham seus altos e baixos, caiam... e depois, arrependidos, se levantavam! Nesta ocasião, como já foi lido, eles tinham acabado de passar pela disciplina do cativeiro por conta de seus pecados, mas, mal haviam aprendido a correção, já estavam caindo novamente, agora com a prática de casamentos mistos, prática condenada pelo Senhor na Lei de Moisés!


Neemias, por sua vez, também repete a mesma oração começando por reconhecer a bondade de Deus, mas concluindo igualmente com o reconhecimento da Sua severidade, confira: “Senhor, Deus dos céus, Deus grande e temível, fiel à aliança e misericordioso com os que o amam e obedecem aos seus mandamentos, que os teus ouvidos estejam atentos e os teus olhos estejam abertos para ouvir a oração que o teu servo está fazendo dia e noite diante de ti em favor de teus servos, o povo de Israel. Confesso os pecados que nós, os israelitas, temos cometido contra ti. Sim, eu e o meu povo temos pecado contra ti. Agimos de forma corrupta e vergonhosa contra ti. Não temos obedecido aos mandamentos, aos decretos e às leis que deste ao teu servo Moisés. Lembra-te agora do que disseste a Moisés, teu servo: 'Se vocês forem infiéis, eu os espalharei entre as nações, mas, se voltarem para mim, e obedecerem aos meus mandamentos e os puserem em prática, mesmo que vocês estejam espalhados pelos lugares mais distantes debaixo do céu, de lá eu os reunirei e os trarei para o lugar que escolhi para estabelecer o meu nome'.” (Neemias 1:5-9)


Neemias descreve nesta sua oração a nítida percepção que tinha da justa bondade e severidade do seu Senhor! Aliás, não só ele, mas todo o povo, reconhecendo também a condição disciplinar que estavam vivendo, juntamente com Esdras, resolvem fazer um acordo: “Fomos infiéis ao nosso Deus quando (...). Mas, apesar disso, ainda há esperança para Israel. Façamos agora um acordo diante do nosso Deus, (...) segundo o conselho do meu senhor e daqueles que tremem diante dos mandamentos de nosso Deus. Que isso seja feito em conformidade com a Lei.” (Esdras 10:2,3)


Novamente um paralelo com a solução da Nova Aliança: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” (I João 1:9) Fica evidente que nosso Justo Juiz é irredutivelmente severo com pecadores inconfessos, mas irresistivelmente bondoso com o réu confesso que honestamente deseja ser transformado e liberto. Percebemos isso também ainda nas palavras de Esdras ao dizer: “Mas agora, por um breve momento, o Senhor nosso Deus foi misericordioso, deixando-nos um remanescente e dando-nos um lugar seguro em seu santuário, e dessa maneira o nosso Deus nos dá um pequeno alívio em nossa escravidão. Somos escravos, mas o nosso Deus não nos abandonou na escravidão. Ele tem sido bondoso para conosco diante dos reis da Pérsia: Ele nos deu vida nova para reconstruir o templo do nosso Deus e levantar suas ruínas, e nos deu um muro de proteção em Judá e em Jerusalém.” (Esdras 9:8,9) Interessante que tanto Esdras, quanto Neemias e Daniel, todos no capítulo 9, tratam de confissão de pecados reconhecendo perfeitamente a bondade e a severidade de Deus! Recomendo a leitura dos três!


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Marina M. Kumruian

sábado, 23 de julho de 2022

30/52 – ESTER & Cia

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”

30/52 – ESTER & Cia


Na semana passada eu citei 2 casos em que os personagens só consideravam a bondade de Deus achando que estava “tudo bem” e não percebiam, por falta de um auto exame com a ajuda do Alto, que estava “tudo mal”, o que provocava a severidade de Deus na consequente disciplina que estavam sofrendo ou viriam a sofrer se não voltassem e se arrependessem. Hoje quero citar mais alguns personagens extraídos do meu estudo no livro de Ester.


Mas antes, quero ainda salientar o caso que me motivou também a separar aqueles meus 7 dias de reclusão no secreto com Deus. Está nesta passagem quando o rei Davi pede para o sacerdote interceder por ele a fim de saber se estava “tudo bem” ou “tudo mal” com ele aos olhos de Deus: “Então disse o rei a Zadoque: ‘Torna a levar a arca de Deus à cidade; que, se achar graça nos olhos do Senhor, ele me tornará a trazer para lá e me deixará ver a ela e a sua habitação. Se, porém, disser assim: Não tenho prazer em ti; eis-me aqui, faça de mim como parecer bem aos seus olhos’.” (2 Samuel 15:25,26) Olha só a consciência de Davi preocupada com sua relação com Deus: “se [ele acharia] graça nos olhos do Senhor” ou se o Senhor iria dizer: “Não tenho [mais] prazer em ti”. Como sabemos, Davi era aquele “homem segundo o coração de Deus” e um exemplo de obediência, amor, temor, louvor que muito agradava e dava prazer para o Senhor, o que sempre fez com que achasse graça e favor diante de Deus. Entretanto, ele tinha na sua consciência a noção do seu pecado e da situação imprópria que estava vivendo dentro de casa, por isso a sua necessidade de sentir-se aprovado pelo Pai o fez buscar ajuda sacerdotal. Graças a Deus que hoje cada um de nós tem o livre acesso à presença do Senhor e podemos pedir também: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno.” (Salmo 139:23,24) E foi com este coração desejoso de confirmar se estava “tudo bem” com minha conduta que fui a Ele.


E foi então que me deparei com o rei Assuero, um soberano típico, bondoso para exaltar e severo para humilhar como uma representação do Rei dos reis. Logo no primeiro capítulo ele detona e destrona a rainha Vasti, que até então desfrutava de toda a bondade e generosidade da majestade! Sim, até o dia em que ela ousou desacatar uma ordem do seu rei! Com isso começaram a procurar uma “moça que mais agradasse o rei [para ser] rainha no lugar de Vasti. Esse conselho agradou o rei, e ele o acatou.” (Ester 2:4) E esta moça foi a bela e sábia rainha Ester. Veja, Vasti considerava a bondade do rei Assuero nos direitos dele para com ela, mas negligenciou a consideração da sua severidade na questão dos deveres dela para com ele. Consequentemente, outra melhor foi colocada em seu lugar!


Situação semelhante aconteceu entre Hamã e Mardoqueu. Hamã permaneceu como oficial de alto cargo no reino, desfrutando e considerando a bondade do rei, até que se achou em seu coração a maldade e a revolta contra o povo da rainha, prima do judeu Mardoqueu que não se curvava diante dele. Ao ser revelado para o rei o plano perverso de Hamã pela rainha Ester, que considerava a bondade e a severidade do rei para executar a justiça, Deus interveio de tal maneira nesta história que Hamã foi enforcado na própria forca que havia feito para Mardoqueu, que por sua vez, foi exaltado pelo rei tomando o lugar daquele em seu reino! Tiago interpreta muito bem esta verdade quando explica:

“Ou vocês acham que é sem razão que a Escritura diz que o Espírito que ele fez habitar em nós tem fortes ciúmes? Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura: ‘Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes’. Portanto, submetam-se a Deus. (...) Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração. Entristeçam-se, lamentem e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza. Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará.” (Tiago 4:5-10) Receita do Doutor!


Ainda me lembrei de outro caso em que o sumo sacerdote Samuel também consultou a “ficha” do rei Saul diante do Senhor: “Samuel disse a Saul: ‘Fique quieto! [quietude] Eu lhe direi o que o Senhor me falou esta noite’. [solitude] Respondeu Saul: ‘Diga-me’. (...) E Samuel lhe disse: ‘O Senhor rasgou de você, hoje, o reino de Israel, e o entregou a alguém que é melhor que você’.” (1 Samuel 15:16 e 28) Outro que sofreu a justa consequência da humilhação por não considerar a severidade de Deus ao desacatar Suas instruções militares, talvez por apoiar-se apenas na bondade do Deus que o havia exaltado a posição de rei. Como Vasti, este também foi substituído por Davi, o mesmo que disse: “Embora esteja nas alturas, o Senhor olha para os humildes, e de longe reconhece os arrogantes.” (Salmo 138:6)


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Marina M. Kumruian

sábado, 16 de julho de 2022

29/52 – AUTO EXAME E EXAME DO ALTO

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”

29/52 – AUTO EXAME E EXAME DO ALTO


Estou de volta depois dos meus 7 dias de quietude no “monte da transfiguração”! Graças a Deus por este tempo precioso com Ele. Quem sabe nas próximas semanas vou entregando aqui um pouco do que também recebi lá.


Semana passada eu já queria ter compartilhado uma das minhas intenções com este propósito, mas a explanação sobre o “princípio do sábado” acabou tomando todo o espaço. Vamos ver se hoje vai caber aqui...


Entre outras coisas, uma delas era para fazer aquele check up geral de “rotina” com todos os autoexames e exames do alto que periodicamente todos nós deveríamos fazer em consulta com hora, dia, mês e ano marcados com o Dr. Jeová para nos certificar que estamos com a saúde espiritual emocionalmente saudável. Inevitavelmente o bisturi afiado e eficaz da Palavra de Deus vem cortando o nosso ser a ponto de dividir a alma e espírito, juntas e medulas, para com toda sensibilidade perceber os pensamentos e intenções do coração. Às vezes dói, arde, demora, incomoda, mas depois o resultado é recompensador! E assim foi...


E assim precisa ser, porque enganoso é o nosso coração e muitas vezes nosso bom senso pode também ficar sem noção, daí nossa mente pensa que está abafando... nosso coração pensa que está bombando... como quem diz: “Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta;’ e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;” (Apocalipse 3:17) Pois é... esse papo de dizer que é... e não saber o que não é... é muito perigoso! Lembrei-me também de outro exemplo quando Sansão estava sendo ameaçado pelos filisteus no colo sedutor da enganadora Dalila e presunçoso ele declara equivocada e inutilmente: “‘Sairei como antes e me livrarei’. Mas não sabia que o Senhor o tinha deixado.” (Juízes 16:20) Decepcionante, não é? Nem sabia o que precisava tanto saber!


Nestes dois casos faltou considerar a severidade de Deus, pois confiados na consideração da Sua bondade, eles imaginavam que “tudo” iria “sempre” bem em “todas” as vezes, sem nem sequer se tocarem que tinham deixado o primeiro amor, o fervor, o vigor, o temor porque pararam de buscar a fonte que aconselha comprar dele “o ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.” (Apocalipse 3:18-20) Por esta linguagem figurada entendemos melhor, afinal, todos sabemos o que acontece se pararmos de negociar o nosso “ouro”, parar de comprar roupas para o nosso corpo, deixar de cuidar dos olhos, da casa, das comidas... nada disso pode esperar, quanto menos parar!


Entretanto, muitas vezes, muitos de nós estamos deixando o Senhor esperar, estamos parando de cuidar de quem mora no nosso corpo (nosso espírito), deixando-o faminto, miserável, pobre, cego e nu! E na sequência, o Senhor diz ao Anjo da Igreja: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” Considere que nosso bondoso Deus repreende e castiga severamente a quem ama! Ás vezes tem tanta coisa fora do lugar na nossa vida, tanta coisa suja, velha, esquecida e bagunçada que não queremos nos dar ao zelo de parar para voltar tudo no devido lugar, isto é se arrepender! E nesta nossa tão ocupada e agitada corrida pelo ouro, pelo couro, ou seja lá o que for a razão do nosso suadouro, acabamos por perder o nosso maior e melhor (na verdade, incomparável) Tesouro: A doce presença do Senhor quando Ele a oferece ao bater na nossa porta! Não estamos praticando a quietude para ouvir as batidas dele na porta do nosso coração... não estamos praticando a solitude para dar lugar à Ele em nossa mesa sempre cheia de outros convidados ou nunca ocupada por ninguém! Não fazemos ideia o quanto é prazeroso cear com o Pai, colocar as conversas atrasadas em dia, não ter pressa em expressar nossa apreciação por tê-lo por perto, tão mais de perto, sem sair de perto... mas curtir a Presença, desfrutar da exclusividade da íntima comunhão, dando-lhe todo o tempo e espaço necessário para revelar Sua bondade e também Sua severidade, nos trazendo de volta ao prumo, endireitando o que estava desalinhado e desobstruindo o canal por onde passam as coisas grandes e ocultas que não sabemos e que Ele só espera uma abertura digna para trazê-las do céu para a terra!


Portanto: "Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem a vocês mesmos. Não percebem que Cristo Jesus está em vocês? A não ser que tenham sido reprovados!" (2 Coríntios 13:5) Só parando pra saber... puxe uma cadeira pra Ele!


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Marina M. Kumruian

sábado, 9 de julho de 2022

28/52 – O PRINCÍPIO DO SÁBADO

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”

28/52 – O PRINCÍPIO DO SÁBADO


Aqui estamos nós, às 7h do 7º dia da semana do 7º mês do meu 57º ano às vésperas do 7º milênio! Uau... Perfeito!

Sim, foi no 7º dia que viu Deus que toda sua criação estava completa e perfeita... e então descansou, ou seja, sabadou!

E a partir deste 7º dia foi instituído o shabat como o dia oficial do descanso, a cada 7 dias, 1 vez por semana! E por ocasião da outorga da Lei Mosaica ainda foram instituídas as festas do 7º mês (Levíticos 23); o ano sabático (Shemitá), a cada 7 anos; e o ano do Jubileu, a cada 7 anos sabáticos (a cada 7 Shemitás, cf. Levíticos 25).

Tudo isso fez muito sentido pra mim em 2014 quando completava então 7 ciclos de 7 anos (49 anos), era meu ano de Shemitá e na ocasião estava lendo exatamente esta porção das Escrituras que explica todos estes princípios. Deus falou comigo ali profundamente e desejei, como um ato profético, desfrutar deste descanso de 7 dias no 7º mês a sós com Deus em um retiro espiritual particular com Ele! Foi inesquecível! Em seguida, completei meu Jubileu de 50 anos em 2015 e, de fato, estes foram anos demasiadamente significativos para minha vida. Acredito que aquela semana de 7 dias no “esconderijo do Altíssimo, descansando à sombra do Onipotente” foi uma preparação muito importante para as muitas mudanças que ocorreram de 2015 para 2016. De lá pra cá passaram-se outros 7 anos e precisamente este ano em que, segundo a tradição judaica é mais um ano sabático (Shemitá), outra vez coincidindo com a minha idade, resolvi novamente separar 7 dias deste 7º mês para um novo “retiro espiritual particular com Ele”! Eu diria que está sendo 7 vezes melhor que o 1º... e olha que só estou ainda no começo... restam mais 4 dias! 

 

Por isso, o conceito que eu desejo compartilhar neste sábado tem base neste texto: “Diz o Soberano, o Senhor, o Santo de Israel: ‘No arrependimento e no descanso está a SALVAÇÃO de vocês, na quietude e na confiança está o seu VIGOR, mas vocês não quiseram’.” (Isaías 30:15) Sim, muitos pensam que “descansar e se aquietar no Senhor” é atraso de vida, desperdício de tempo, pra quem não tem o que fazer! Não, minha gente, não é não! Já vimos na 26º semana que Deus é Senhor Soberano do Tempo e se Ele organizou o tempo em dia para trabalhar e noite para descansar, em semana para trabalhar e sábado para descansar, em férias anuais, em Shemitás e Jubileus para descansar, é porque Ele bem sabe que este corpo que Ele mesmo criou não é como alguns “workaholic”, máquina de trabalho ininterrupto, temos que ter tempo também para “trabalhar” nossa alma e nosso espírito, não somos só matéria que se alimenta apenas do que é físico, precisamos ter rendimentos espirituais também se queremos a prosperidade integral.


E enquanto o benefício em obedecer este princípio, estabelecido pela BONDADE de Deus, traz salvação e vigor... a não observância desta lei natural da criação traz perdição e cansaço. Para o povo de Israel a consequência foi ainda mais SEVERA: “Nabucodonosor levou para o exílio, na Babilônia, os remanescentes, que escaparam da espada, para serem seus escravos e dos seus descendentes, até à época do domínio persa. A terra desfrutou os seus descansos sabáticos; descansou durante todo o tempo de sua desolação, até que os setenta anos se completaram, em cumprimento da palavra do Senhor anunciada por Jeremias.” (2 Crônicas 36:20,21) Aqui está uma das causas do cativeiro babilônico! Jeremias anunciou o que o próprio Deus já havia avisado em Levítico: "Se apesar disso tudo vocês ainda não me ouvirem, mas continuarem a opor-se a mim, então com furor me oporei a vocês, e eu mesmo os castigarei sete vezes mais por causa dos seus pecados. Espalharei vocês entre as nações e desembainharei a espada contra vocês. Sua terra ficará desolada, e as suas cidades, em ruínas. Então a terra desfrutará os seus anos sabáticos enquanto estiver desolada e enquanto vocês estiverem na terra dos seus inimigos a terra descansará (...) terá o descanso sabático que não teve quando vocês a habitaram.” (Levítico 26:27,28e33-35 pode ir lá ler todo o trecho) Isto não é legalismo do Antigo Testamento, isto é qualidade de vida determinada pelo Bom Deus de todos os tempos e para todas as épocas, de todas as nações, visando nosso bem estar e nossa saúde física, emocional e espiritual.  “...mas vocês não quiseram.” (Isaías 30:15) Não quiseram considerar a BONDADE de um Deus que sabe como cuidar bem dos seus filhos colocando limites e disciplinando quando estes são violados. Lembrei quando também resistia às ordens dos meus pais de ir pra cama, se deixassem ficaríamos a noite toda brincando sem bom senso em medir as consequências! 


“Aquietem-se e saibam que eu sou Deus...” (Salmo 46:10) Aquiete-se e considere a bondade de Deus por meio do descanso e considere a Sua severidade ao permitir as consequências doentias do estresse e da fadiga física e emocional decorrentes de uma vida espiritual negligenciada! Se fui um pouco severa, desculpe, é para a sua bondade!


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Marina M. Kumruian

sábado, 2 de julho de 2022

27/52 – O ENGANADOR SATANÁS

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”


27/52 – O ENGANADOR SATANÁS


O tema da nossa reflexão de hoje não é nada lá muito atraente, eu sei! Mas a maneira como Deus me falou a respeito deste personagem nesta semana, por meio de uma experiência que vivi, foi muito forte. Permita-me compartilhar isto com você como um testemunho pessoal que serviu para revelar uma das perigosas e astutas ciladas que este nosso inimigo em comum tem aplicado no meio do povo de Deus para enganar, se possível, até os escolhidos (Mc. 13:21)


E confesso que ele tentou fazer isso comigo. Há algum tempo fui atraída por uma série de testemunhos impressionantes em alguns canais do Youtube. Os relatos traziam experiências sobrenaturais e extraordinárias, mas que contudo, me deixavam intrigada com a interpretação dos fatos por uma ótica um tanto contraditória e duvidosa em relação ao que sempre fui ensinada pela Bíblia. Porém, admito que cheguei a ficar tão fascinada pelo amor, paz, felicidade e sabedoria que elas diziam ter experimentado em contato com o “incrível mundo espiritual” que alcançaram que eu fui desesperadamente pedir confirmação para o Senhor se tudo aquilo era mesmo verdade. Pedi que ele me mostrasse em Sua Palavra... e meu Maravilhoso Conselheiro, meu Bom Mestre, não me deixou em confusão.


Quando orei, pedi como sinal que Ele me levasse a alguma passagem bíblica que descrevesse alguma ação enganadora do diabo. E quando abri a Bíblia, caiu na última página do Evangelho de Mateus onde relata a estratégia dos líderes religiosos subornando os soldados a contarem a versão mentirosa de que os discípulos vieram durante a noite e furtaram o corpo de Jesus enquanto eles estavam dormindo. Isto para que não acreditassem na Sua ressurreição, o que praticamente é a autenticação principal da obra de Cristo. E como se não bastasse este texto, uma palavrinha grifada no texto ao lado chamou a atenção dos meus olhos: “impostor”! No capítulo anterior estes mesmos “impostores” que tramaram o plano da enganação, haviam chamado o próprio Jesus de “impostor” quando disseram a Pilatos: “Senhor, lembramo-nos de que aquele impostor, quando ainda vivo, afirmou: Depois de três dias ressurgirei. Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até o terceiro dia; para não suceder que, vindo os discípulos, o furtem e digam ao povo: Ressurgiu dos mortos; e assim o último embuste será pior do que o primeiro.” (Mateus 27:63,64) Impostor quer dizer "enganador".


Essa passagem me levou a muitas outras que confirmaram perfeitamente a sutileza deste Satanás, que sendo capaz de até se transformar em um anjo de luz (II Co. 11:14), é capaz de transformar mentiras em falsas verdades, e verdades em falsas mentiras! Ele é o enganador que chama o Cristo de impostor e quer ser chamado de iluminador! Terrível isso!


Conseguimos discernir como ele faz de tudo para colocar em dúvida a bondade de Deus caricaturando a severidade do Senhor. Foi isso que ele fez com Adão e Eva no princípio e já o desmascaramos aqui logo nas primeiras semanas quando ele chamou o mal de bem e o bem de mal. Vimos também como ele se mostrou “bonzinho” para com Jesus oferecendo pão em um momento de fraqueza, oferecendo proteção diante da queda, oferecendo todos os reinos em troca de adoração! Todas propostas boas e satisfatórias promovendo justamente um escape da “maldosa” severidade de Deus que parecia querer fazer Jesus passar fome, perigo e privações. 


Na própria passagem de Jó, o que ele tentou foi desafiar a credibilidade da bondade de Deus na vida abençoada de Jó ao mesmo tempo que tentava criar no coração de Jó uma figura distorcida de um Deus severo que o estava castigando sem motivo. O que Satanás vem tentando, ao longo dos séculos, é, nada mais nada menos que, iludir e enganar todos os homens com respeito à bondade e a severidade de Deus. Ele quer tomar para si a imagem do mocinho bonzinho que oferece toda sorte de prazeres e prosperidade, ainda que em curta duração e em péssima qualidade, justamente para disfarçar sua real identidade malignamente severa ao extremo, atribuindo a Deus o papel de bandido da trama.


Desta forma, usando o que parece ser de Deus, ele atrai para si os incautos, afastando-os do Caminho da Verdade e da Vida! E o que é pior, levando-os a crer, equivocadamente, que estão caminhando na verdade da vida boa! ledo engano!


Fica o alerta: “Até mesmo entre vocês se levantarão homens que distorcerão a verdade a fim de conquistar seguidores. Portanto, vigiem! Lembrem-se dos três anos que estive com vocês, (...) nunca deixei de aconselhá-los.” (Atos 20:30,31)


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Marina M. Kumruian

53/53 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS” 53/53 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Vamos então às “considerações finais”! Só fique bem claro,...