Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”
53/53 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vamos então às “considerações finais”! Só fique bem claro, porém, que não chegamos ao fim das considerações da bondade e da severidade de Deus, talvez nem sequer conseguimos chegar ao começo! Chegamos, sim, apenas ao fim de mais uma série, sem contudo, esgotar um assunto como este que deve ser ainda considerado pelo resto das nossas vidas!
Entretanto, acredito que pudemos avançar um pouco mais no nosso conceito sobre o caráter de Deus enquanto, a cada semana, consideramos Sua bondade e Sua severidade em busca de melhor conhecer o Deus a quem amamos e servimos. E creio que não estou sozinha neste ardente e sincero desejo de chegar mais perto do Senhor para melhor saber quem e como Ele é! Aliás, Moisés foi outro que também queria muito isso, tanto que ousou pedir: “’mostre-me a tua glória’. E Deus respondeu: ‘Diante de você farei passar toda a minha bondade, e diante de você proclamarei o meu nome: o Senhor. Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão’.” (Êxodo 33:18-19) Note que Deus disse “farei passar toda a minha bondade” e não toda a minha severidade! Isto me faz pensar que a natureza genuína do Senhor é de “bondade” e que a “severidade” é uma característica provocada, reativa e não ativa. Moisés testificou isso com os próprios olhos quando “Então o Senhor desceu na nuvem, e se pôs ali junto a ele; e ele proclamou o nome do Senhor. Passando, pois, o Senhor perante ele, clamou: O Senhor, o Senhor Deus, misericordioso e piedoso (compassivo), tardio em irar-se (paciente) e grande em beneficência e verdade (cheio de amor e de fidelidade); que guarda a beneficência (mantém o amor) em milhares; que perdoa a iniquidade (maldade), e a transgressão (rebelião) e o pecado; que ao culpado não tem por inocente (não deixa de punir); que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração’. E Moisés apressou-se, e inclinou a cabeça à terra, adorou, dizendo: ‘Senhor, se de fato me aceitas com agrado, acompanha-nos o Senhor. Mesmo sendo esse um povo obstinado, perdoa a nossa maldade e o nosso pecado e faze de nós a tua herança’. ‘Faço com vocês uma aliança’, disse o Senhor,...” (Êxodo 34:5-10) E na sequência segue-se a renovação dos votos nos termos da Antiga Aliança.
Este relato é interessantíssimo para a nossa pesquisa! Estamos analisando a experiência única de alguém que viu a glória do Senhor pessoalmente e nela contemplou perfeitamente a Sua bondade e a Sua severidade. Ele deve ter ficado tão extasiado com a bondade do Senhor que explodiu em adoração e gratidão, ao mesmo tempo que se estremeceu com Sua severidade a ponto de clamar por perdão em temor à punição pela culpa que pesava sobre o povo. Aqui está a devida postura que devemos ter diante da bondade e da severidade de Deus. Agrada ao Senhor quando reconhecemos com grata adoração os beneficiando de Sua misericórdia, piedade, compaixão, paciência, grande beneficência e verdade, amor e fidelidade! Ô glória, Deus é bom!!! Mas, paralelamente, também lhe agrada quando reconhecemos com reverente temor e quebrantamento que a culpa por nossa iniquidade, maldade, transgressão, rebelião e pecado, não ficará sem punição como por inocentes! Devemos aí clamar por perdão e correção em alinhamento novamente com os termos da Nova Aliança, que igualmente continua exigindo obediência e santidade ainda muito maior que a antiga.
É neste momento, com estas atitudes que alcançaremos a harmonia entre a Lei e a Graça, quando a bondade e a severidade poderão dar as mãos, “o amor e a fidelidade se encontrarão; a justiça e a paz se beijarão.” (Salmos 85:10)
Moisés conseguiu discernir e considerar a severidade do “Senhor, o seu Deus, [que] é Deus zeloso; é fogo consumidor.” em Deuteronômio 4:24 e no verso 31 a bondade do mesmo “Senhor, o seu Deus, [que] é Deus misericordioso; ele não os abandonará, nem os destruirá, nem se esquecerá da aliança que com juramento fez com os seus antepassados.”
Outro pequeno profeta que teve esta mesma grande revelação foi Naum quando suspirou: “O Senhor é Deus zeloso e vingador! Seu furor é terrível! O Senhor executa vingança contra os seus adversários e manifesta o seu furor contra os seus inimigos. O Senhor é muito paciente, mas o seu poder é imenso; o Senhor não deixará impune o culpado (...) Quem pode resistir à sua indignação? Quem pode suportar o despertar de sua ira? O seu furor se derrama como fogo,(...) O Senhor é bom, um refúgio em tempos de angústia. Ele protege os que nele confiam...” (Naum 1:2,3,6,7)
Que a BONDADE DE DEUS que nos enche de toda sorte de bênçãos e a Sua SEVERIDADE que nos livra de toda sorte de males nos acompanhe neste Novo Ano de 2023 e por todos os dias das nossas vidas em amor e temor! Amém! (Salmo 23:6)
Compartilhei minha 53ª semana de 2022... e que venham as novas e abençoadas 52 semanas de 2023!!
Marina M. Kumruian
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