Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”
21/52 – JÓ
Semana passada compartilhei sobre a família de Jó e escrevi só um pedacinho do muito que aprendi estudando, mais uma vez, a prova que esta família passou! Eu havia recebido a incumbência de falar sobre a mulher de Jó no Culto de Mulheres e, a princípio, honestamente falando, fiquei desapontada pela escolha imaginando só a imagem negativa que esta personagem sempre transmitiu. Mas na madrugada o Senhor falou comigo de maneira muito clara e começou a me revelar, por meio desta história, as muitas e boas lições que estavam relacionadas com a matéria aqui em questão, por isso quero, hoje ainda, continuar refletindo mais um pouco sobre a experiência este casal.
Chamou-me a atenção as palavras “SEM MOTIVO” quando o Senhor disse a Satanás: "Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, irrepreensível, íntegro, homem que teme a Deus e evita o mal. Ele (ainda) se mantém íntegro, apesar de você me haver instigado contra ele para arruiná-lo SEM MOTIVO.” (2:3) O próprio Jó também faz uso delas quando diz: “Porque me quebranta com uma tempestade, e multiplica as minhas chagas SEM CAUSA.” (9:17)
Entretanto, se analisarmos bem cada caso, vemos que sempre existe um motivo para as provações... até no caso de Jó! Só que, na verdade, Satanás errou o motivo!! Deus não tinha motivo para CASTIGA-LO, mas tinha motivo para PROVA-LO, como ainda faz com cada um de nós individualmente e em família! E como fez com o povo de Israel no deserto... basta ler o capítulo 8 de Deuteronômio. Neste trecho fica muito evidente por quais motivos Deus permite estes sofrimentos, estas adversidades, o que para o nosso contexto aqui seriam manifestações da SEVERIDADE de Deus. Analise cuidadosamente e veja como faz todo sentido estes 3 motivos:
1º motivo = Como PROVA para “para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não.” (v:2) Como prova de amor incondicional e não só por interesse no favor, nas bênçãos, na troca... Como prova de obediência e fidelidade. Como prova em testemunho contra o acusador das nossas almas. Como prova que aprendemos na prática a lição teórica. Como prova que vivemos o que dizemos que cremos! Somos graduados com bondade!
2º motivo = Como DISCIPLINA em caso de não ter guardado os seus mandamentos e aí é para que “saiba no teu coração que, como um homem castiga a seu filho, assim te castiga o Senhor teu Deus.” (v:5) Não aprendemos por bem... aprenderemos por mal... mas temos que aprender, temos que corrigir. Se não na prova normal, na prova de recuperação, na 2ª chance de tirar uma nota melhor... Somos transformados com severidade!
3º motivo = Como JUÍZO em caso de não ter guardado os seus mandamentos na prova, nem ter se arrependido na disciplina, daí então “se vocês se esquecerem do Senhor, do seu Deus, e seguirem outros deuses(...), asseguro-lhes hoje que vocês serão destruídos. Por não obedecerem ao Senhor, ao seu Deus, vocês serão destruídos como o foram as outras nações que o Senhor destruiu perante vocês.” (v:19,20) Somos punidos com justiça!
O 1º é para provar, este foi o caso de Jó. Como ele saiu da prova aprovado, não houve necessidade do 2º motivo para discipliná-lo (ainda que, em alguns aspectos, eles se aperfeiçoaram ainda mais!). Contudo, o bom da história é que o final foi feliz, não foi de destruição, mas de restauração porque não houve o 3º motivo para condená-lo.
Estes mesmos 3 motivos também aparecem inseridos nesta declaração sobre o agir de Deus registrada no capítulo 36 de Jó: “Ele os fará ouvir a correção e lhes ordenará que se arrependam do mal que praticaram. Se lhe obedecerem e o servirem, serão prósperos até o fim dos seus dias e terão contentamento nos anos que lhes restam. Mas, se não obedecerem, perecerão à espada e morrerão na ignorância.” (vs:10-12)
Então, se for para o Senhor saber o que vai no nosso coração, recebamos o infortúnio transbordando de gratidão e contentamento em perfeita e constante obediência!!! Se for para nos disciplinar, visando corrigir alguma falha cometida... alguma mudança de rota que desviamos do prumo, que também estejamos prontos a nos quebrantar em profundo e sincero arrependimento, permitindo-nos ser ensináveis e moldáveis à boa, agradável, perfeita e soberana vontade do Pai. Assim, evitaremos o 3º motivo, não permitindo jamais que o nosso coração se endureça em rebelião e desobediência deliberada e contínua ao governo divino! Precisamos conhecer melhor ao nosso Deus e a nós mesma! E isso só acontece com as diversidades de adversidades!! Considerando a bondade e a severidade de Deus!
Compartilhei minha 21ª semana de 2022
Marina M. Kumruian
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