sábado, 18 de junho de 2022

25/52 – ISRAEL

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”


25/52 – ISRAEL


Os fundamentos da minha fé cristã estão baseados na Bíblia Sagrada! Elas são as Escrituras nas quais também tenho sempre buscado como minha fonte, não só de informação, mas, sobretudo, de revelação divina para o pleno conhecimento da verdade ao querer considerar a bondade e a severidade de Deus. E embora a Bíblia seja um conjunto de muitos livros, ela narra uma única História, inspirada por um Único Autor, vivenciada por um só elenco: a raça humana!


Como já percorremos quase a metade do caminho desta jornada de 52 semanas, faz-se muito oportuna uma revisão deste roteiro. Lembram que começamos por Adão & Eva? Os primeiros seres humanos do início do planeta! Mas já falamos também de Noé, a primeira família que depois deu um novo princípio para a humanidade. Contudo, depois do casal do Jardim do Éden... depois da família do Monte Ararate ... Deus também chamou um homem, Abraão, para ser o pai de uma numerosa nação. Por meio do filho da promessa, Isaque, nasceria Jacó, o qual passaria a ser chamado Israel, nome este futuramente atribuído à terra prometida, conquistada e dividida entre seus 12 filhos, dando origem assim à bendita Nação de Israel. A partir de então, quase que todo o conteúdo das Escrituras se restringiu a este povo, até à chegada do Messias, Jesus Cristo de Nazaré, o judeu da tribo de Judá, o verdadeiro Filho da Promessa, por meio do qual foram benditas todas as famílias da terra... inclusive a minha e a sua! Sim, na verdade o protagonista deste Romance Divino é este Jesus, anunciado desde o Gênesis que viria como o Descendente, e Ele veio, como registrado nos Evangelhos e voltará como profetizado no Apocalipse. Daí nossa fé ter origem e base nesta tradição bíblica judaico-cristã. 


Infelizmente não é possível dar toda esta cobertura em 52 semanas! Entretanto, lendo por estes dias o livro do profeta Isaías, gostaria de voltar a destacar o drama de Israel, a saga deste povo judeu que vacilou tanto oscilando demais entre a bondade e a severidade do seu Deus, entre as bênçãos decorrentes da obediência e fidelidade e as maldições decorrentes da rebeldia e dureza de coração. Deus, como Pai, instruía o povo dentro da Lei do que era certo e errado, mas quando seus filhos deliberadamente desobedeciam sem arrependimento, lá vinha escravidão no Egito... lá vinha peregrinação no deserto... lá vinha cativeiro Assírio... lá vinha exílio Babilônico... em um interminável ciclo de juízo -> arrependimento -> clamor por socorro -> perdão e redenção -> e novamente rebelião e idolatria. Por um lado o povo ora subia no temor a Deus... ora descia no horror do pecado! Por outro lado, ora Deus se irava severamente por conta das transgressões de Israel... ora se compadecia bondosamente movido pelos corações contritos e quebrantados.


E foi em uma destas ocorrências que li por estes dias o dilema enfrentado pelo próprio Deus de Israel: “Por um breve instante eu a abandonei, mas com profunda compaixão eu a trarei de volta. Num impulso de indignação escondi de você por um instante o meu rosto, mas com bondade eterna terei compaixão de você, diz o Senhor, o seu Redentor.” (Isaías 54:7,8) Esta declaração vem para que consideremos a severidade de Deus em relação aos nossos pecados! Mas também considerar o quanto a Sua bondade é misericordiosa em nos perdoar. Mais à frente Ele volta a repetir: “Não farei litígio para sempre, nem permanecerei irado, porque, se não, o espírito do homem esmoreceria diante de mim, bem como o sopro do homem que eu criei! Por causa da sua cobiça perversa fiquei indignado e o feri; fiquei irado e escondi o meu rosto. Mas ele continuou extraviado, seguindo os caminhos que escolheu.” (Isaías 57:16,17)


Sinceramente, é isto que me dói no coração: quando mesmo vendo o Senhor (a quem dizem amar) irado e indignado, mesmo assim, “continuam extraviado”... quando mesmo experimentando o pior dos castigos que é a quebra da comunhão com Sua presença, mesmo assim, “continuam obstinado”! No entanto, se ao menos considerassem a bondade e a severidade de Deus, poderiam suspirar aliviados como uma criancinha pura que depois de uma travessura, reconhece na “bronca” dos pais o zelo pela boa educação e formação de caráter: “Naquele dia, vocês cantarão: "Eu te louvarei, ó Senhor! Estavas irado comigo, mas tua ira passou; agora tu me consolas.” (Isaías 12:1) Sim, como um Pai zeloso, mais uma vez ele afirmaria: “Com ira eu a feri, mas com amor lhe mostrarei compaixão.” Ou na Nova Versão Transformadora: “Pois, ainda que eu a tenha destruído em minha ira, por causa de minha graça terei misericórdia de você.” (Isaías 60:10)


A História do Israel Antigo continua hoje com a Igreja de judeus e gentios amando a bondade de Deus, mas também respeitando Sua severidade, vivendo assim não em um ciclo de altos e baixos, mas em uma constância de alto a baixo!


Compartilhei minha 25ª semana de 2022


Marina M. Kumruian

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