Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”(Romanos 11:22)
2/52: DESDE O PRINCÍPIO
Então vamos “começar do começo”! Assim, não concluiremos equivocadamente que esta consideração só passou a ser introduzida na era apostólica com o pronunciamento de Paulo aos Romanos. Ela já deveria ser observada lá no princípio, desde a origem da humanidade, no primeiro contato que os primeiros habitantes da Terra tiveram com o Deus dos Céus!
Nos dois primeiros capítulos do primeiro livro da Bíblia, nos é apresentado o primeiro cenário perfeito da BONDADE de Deus ao criar “os céus e a terra”! O Criador deu forma ao que estava deformado, encheu o que estava vazio e trouxe luz ao que estava em trevas! A criatividade fenomenal exibida nos vegetais, nos luminares celestiais, nos animais e em todas as demais criaturas fabulosas da mais extraordinária biodiversidade da Criação é mais do que uma extravagante demonstração da BONDADE de Deus para conosco! Isto porque mal e mal conseguimos dimensionar a grandeza e beleza sequer do nosso próprio planeta, quanto mais se pudéssemos explorar as galáxias infinitas do nosso gigantesco Universo!
BONDADE é pouco para definir toda esta extrema gentileza do Pai Celestial em nos acolher neste “Admirável Mundo Novo” tão magnífico, criado e decorado esplendidamente para o nosso mais perfeito e harmonioso bem estar com a Natureza. Ele mesmo olhou para tudo quanto fez e “viu que tudo era muito bom”. Bom? Prá lá de sobre-excelente!!
Percebemos a superabundante generosidade do Senhor nas Suas primeiras palavras logo após a criação do primeiro casal: “Deus os abençoou, e lhes disse: ‘Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra’. Disse Deus: ‘Eis que lhes dou TODAS as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e TODAS as árvores que dão frutos com sementes. ELAS SERVIRÃO DE ALIMENTO PARA VOCÊS. E dou TODOS os vegetais COMO ALIMENTO a tudo o que tem em si fôlego de vida...” (Gênesis 1:28-30) No capítulo seguinte, temos ainda mais detalhes deste hortifruti natural do paraíso: “Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden (...) e ali colocou o homem que formara. O Senhor Deus fez nascer então do solo TODO TIPO DE ÁRVORES AGRADÁVEIS AOS OLHOS E BOAS PARA ALIMENTO. E no meio do jardim estavam a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal.” (Gênesis 2:8,9) Que banquete farto! Uma dieta quase que sem limites e sem abstinências! Quaaaaase! Pois vem aí uma pequena, mas significativa restrição: “E o Senhor Deus ordenou ao homem: ‘Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá’.” (Gênesis 2:16,17)
Pronto! Eis aqui claramente destacada a BONDADE e a SEVERIDADE de DEUS neste primeiro teste de obediência da humanidade! Podemos notar nos textos acima, destacando com as “maiúsculas”, que havia muito mais bondade e permissividade da parte de Deus ao conceder a liberdade de escolha entre a quase totalidade das opções de frutos, do que severidade na ÚNICA instrução normativa que proibia o consumo de apenas UMA, de TODAS as árvores. Concordo que a consequência decretada pela infração desta lei era mesmo rigorosamente severa, mas adequadamente justa! Porque o salário do pecado ficou desde então negociado em nada mais, nada menos, que a própria morte!
A ordem foi dada, simples e clara, amplamente permissiva: “Coma livremente de qualquer árvore do jardim” e resumidamente restritiva: “mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal." O bom e severo aviso também foi anunciado, curto e grosso: "porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá."
Adão e Eva deveriam saber que “manda quem pode e obedece quem tem juízo”! Deus podia mandar e eles deviam ter juízo para obedecer! A transgressão deste casal ocorreu pela seguinte razão: NÃO CONSIDERARAM A SEVERIDADE DE DEUS!!! Certamente tiveram prazer em considerar a Sua BONDADE exagerada ao degustarem de TODO aquele delicioso jardim... mas não levaram em consideração o temor pela Sua SEVERIDADE soberana ao infringirem o ÚNICO preceito preestabelecido pela Autoridade Máxima sobre a vida deles. Talvez tenham caído no mesmo engodo que ainda ludibria a muitos que pensam poder escolher só o Deus bom em detrimento do Deus severo. Absurdo! Não temos a opção de considerar a bondade “OU” a severidade de Deus de acordo com nossas tendências preferenciais. Jamais! A recomendação é categórica: considere a bondade “E” a severidade de um mesmo e único Deus! Evidente que é muito mais fácil crer e receber da bondade divina, mas se não crermos e não considerarmos a Sua severidade, dela também receberemos!
Compartilhei minha 2ª semana de 2022
Marina M. Kumruian
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