sábado, 15 de janeiro de 2022

03/52 - ADÃO E EVA I

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”


3/52 - ADÃO E EVA I


Pois bem, começamos na semana passada contando a história da “bondade e da severidade de Deus” desde o princípio de tudo com a experiência emblemática de Adão e Eva. Por ter sido o primeiro episódio da série que perdura até nossos dias repetindo a mesma cena, só mudando os endereços e os personagens, vale a pena dar um replay por outros ângulos para considerar melhor a bondade e a severidade de Deus ali reveladas.  O comportamento deste casal teve tamanha repercussão na raça humana a ponto de ser reconhecido como a matriz que reproduziu exponencialmente o mesmo pecado por todas as gerações. Sendo assim, fazemos bem em ver e rever a prova para tentarmos aprender um pouco melhor com os erros dos nossos antepassados e procurar acertar um pouco mais corrigindo as nossas semelhanças.


Discorremos bem rapidamente sobre a extrema BONDADE do Deus Criador revelada em cada um dos 6 dias da gloriosa criação que Ele entregou aos cuidados de Adão para ser a morada enfeitada da primeira família do mundo. Um paraíso, como bem significa o nome Éden! Uma curiosidade me chamou muito a atenção desta vez, repare que neste 1º capítulo o Criador é chamado apenas de “Deus” em todas as 30 vezes que é mencionado na minha versão (NVI)! Já no 2º capítulo, no qual Ele agora começa a dar as ordens para as suas criaturas, o nome de Deus passa a vir acompanhado com um título bastante expressivo à sua frente sendo então chamado de “Senhor Deus”, por pelo menos 11, das 13 vezes que é mencionado! Isto me pareceu querer dizer que, enquanto em Gênesis 1 Ele é o Criador, consideramos a BONDADE de “DEUS”, mas a partir de Gênesis 2, como Senhor, começamos a ter que considerar não só a bondade de Deus pelo que Ele nos deu, mas também a SEVERIDADE do “SENHOR DEUS” pelo que nós deveríamos lhe dar, ou seja, nossa obediência ao Seu Senhorio, ao Seu Reino e Governo, às Suas vontades e não às nossas! Esta questão dos títulos é muito significativa quando se trata de “consideração”! Observei isso logo no início do meu relacionamento com meu marido, quando orávamos juntos ele se dirigia a Deus chamando de Papai e eu de Senhor. Acho até que foi a partir daí que me dei conta deste desequilíbrio, porque percebia muito mais amor que temor à Deus por parte dele, e ele por sua vez, devia notar muito mais temor que amor da minha parte. Providencialmente, estas nossas diferenças tem servido para nos complementar e ponderar mais equilibradamente cada conceito. Completando também ainda este aspecto, você também vai notar no capítulo 3 que nas falas de satanás ele só usa “Deus”, mas as falas do narrador mantém a designação “Senhor Deus”! Por favor me entenda bem, não estou dizendo que é errado chamar Deus de Pai, de maneira alguma, só alerto para o cuidado de não considerá-Lo de forma incompleta. Ele é Deus tanto quanto é Senhor, quanto é Pai, Rei, Amigo, Mestre... enfim, Ele é tanto um Ser de extrema bondade quanto de perfeita severidade! Considere-O por completo! Esta já é uma questão que Eva não acertou! Nem satanás como Lúcifer no céu nem como serpente na terra!


Aliás outro grande erro de Eva foi considerar mais a “falsa bondade” de uma criatura dando ouvidos a uma serpente e atendendo ao seu apelo sugestivo e tentador do que considerar a “autentica severidade” do Criador não levando a sério a credibilidade e a autoridade da Palavra de Deus. Esta é uma outra questão que muitos de nós, levados pelo engano de “falsos mestres”, também temos sido reprovados nas nossas respostas ao Criador influenciados por outras criaturas. Quanto a isso, muito bem nos alertou o apóstolo Paulo com seu zelo pelos coríntios: “O que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a Cristo. Pois, se alguém lhes vem pregando UM JESUS QUE NÃO É AQUELE QUE PREGAMOS, ou se vocês acolhem UM ESPÍRITO DIFERENTE do que acolheram ou UM EVANGELHO DIFERENTE do que aceitaram, vocês o suportam facilmente” (2 Coríntios 11:3,4). Eva considerou um Deus incompleto que foi pregado pelo Diabo, deu lugar a um espírito maligno diferente do que o Criador tinha soprado neles e acreditou em um falso evangelho que não deveria considerar.


Isto prova que a fome pelo poder pode cegar até mesmo os olhos mais inocentes! Na verdade, a questão não é que eles “necessitavam ter” aquele fruto, eles já tinham em abundância todos os outros, era que eles “desejavam ser” como Aquele que tinha o que eles não tinham. A cobiça é sempre invejosa porque compara o que você tem não com o que você necessita, mas com o que o outro tem e você deseja. O orgulho é acionado quando alguém tem algo melhor do que temos, daí a comparação nos leva a desejar o que só nos servirá para atender a vã necessidade de ser melhor do que o outro. Assim foi com Lúcifer ao comparar-se com Deus, assim foi também com Eva... e ambos caíram! Aliás, assim será com todos que não fizerem a bondade de corrigirem esta questão aprendendo com o erro deles, todos de igual maneira também cairão severamente. “Aquele que está de pé, cuide para que não caia!” (1 Coríntios 10:12) Vamos cuidar?


Compartilhei minha 3ª semana de 2022


Marina M. Kumruian

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