sábado, 5 de fevereiro de 2022

06/52 – JESUS e ADÃO

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”

6/52 – JESUS e ADÃO


Permita me deter um pouco mais neste princípio fundamental para continuarmos construindo os pilares da Bondade e da Severidade sobre estas bases iniciais, pois serão elas que darão sustentação a todos os demais tijolinhos semanais.


Talvez você também já tenha se perguntado como eu: por que Deus precisava deixar uma árvore proibida bem no meio do jardim? Que maldade coloca-los em perigo! Ou ainda uma pergunta bem mais complicada: por que Deus deu a liberdade e o poder de decisão para o homem? Que bondade perigosa e arriscada também! São perguntas que requerem mesmo um conhecimento muito profundo dos pensamentos de Deus, os quais “são muito mais altos e elevados que os nossos...”, não ousamos alcançar, pelo menos agora nesta nossa dimensão tão limitada e com nossas interpretações tão diversificadas e conflitantes entre tantas mentes pensantes a respeito destes assuntos tão polêmicos... 


E não é mesmo minha intenção aqui polemizar e nem complicar, mas considerar! E minhas considerações me levam a crer que uma das hipóteses para as questões acima seja justamente para provar o coração deles (e o nosso) “a fim de conhecer suas intenções, se iriam obedecer os seus mandamentos ou não.” (Deuteronômio 8:2) Pelo menos, esta foi uma dica que Ele próprio deu para eu chegar a esta conclusão. Pense bem, ninguém precisa ser tão esperto para deduzir que facilitar demais as coisas prejudica o desenvolvimento do raciocínio! São os “problemas” que provocam a busca por soluções! É quando se tem um inimigo que se trava uma luta e se desencadeia uma vitória e faz surgir um herói! Imagino que se Deus desse tudo perfeito e sem riscos para o 1º casal, sem provas de amor e temor, sem a opção de escolher livremente entre aceitar ou rejeitar, confiar ou trair, concordar ou negar, agradecer ou desonrar, obedecer ou transgredir... aí sim Deus não seria bondoso, seria apenas severo, um ditador manipulando com despotismo sua mais nova máquina, inventada única e exclusivamente para ter o desempenho impecável a que foi previamente programada. Mas o Pai não criou “Alexas”, Ele fez Adão, à sua imagem e semelhança! Ele sonhava com “filhos”! Filhos educados que aprenderiam a considerar a bondade do Pai de maneira que, cheios de gratidão por todos benefícios recebidos, expressariam amor e respeito, obedecendo as poucas e boas instruções da inegociável e indubitável perfeita vontade do Pai!


Acredito ser este o sonho de todos os pais! Contudo nem todos os filhos o realizam, suponho! Não o tempo todo, não em tudo! Mas nem por isso, como mãe, eu preferiria ter amamentado um androide ou criado um fantoche! Por sinal, tenho corrido muitos riscos atualmente com as “asinhas de fora” do meu passarinho longe do ninho! Mas como ele mesmo bem me respondeu: “Sem riscos não se faz desenhos!” Essa foi boa! E ainda bem que temos borrachas!! Mas, por mais que tentemos evitar os erros no “desenho” dos filhos, não será só com extrema bondade que conseguiremos esta proeza... pelo contrário, mimo em excesso já está mais do que comprovado que estraga! Antes, aliando ao amor de quem corrige, devemos aplicar também aquela antiga, mas tão eficaz, disciplina de pais severamente responsáveis!


O exemplo que tivemos destes dois filhos, Adão e Jesus, revela-nos o propósito do Pai nos filhos, incluindo nós também! Deus Pai se apresentou bondoso para exercer o Seu grande amor para com seus filhos, mas também era necessário mostrar sua severidade para exercer Sua correta autoridade sobre eles! Um Pai completo e equilibrado em autoridade e amor gera filhos amáveis e obedientes. Pouco amor e muita autoridade gera escravos! Muito amor e pouca autoridade gera rebeldes! Pouco amor e pouca autoridade gera bastardos! Assim como nenhum pai quer criar escravos rebeldes e bastardos, nenhum filho deseja pais omissos, permissivos ou repressivos. Deus, como Pai, cumpriu adequadamente seu papel com os filhos Adão e Jesus! O primeiro abusou da bondade e desconsiderou a severidade, consequentemente, recebeu o conhecimento do bem e do mal que desejou. O último, mesmo sofrendo injustamente abusada severidade, considerou a bondade do Pai, sujeitando-lhe total obediência em amor e temor, recebendo assim, como eterno galardão de glória, só o melhor de todo o bem que lhe estava preparado antes da fundação do mundo! A maneira como Deus o exaltou à mais alta posição sujeitando-lhe todas as coisas aos seus pés e estabelecendo por seu intermédio uma geração de reis e sacerdotes, muito provavelmente, seria a mesma consequência que Adão viveria se passasse no teste! 


Aprendo com estes dois exemplos que, ao considerar a bondade e a severidade de Deus, temos livre acesso à bendita Árvore da Vida, sem mais o desejo de conhecer o bem e o mal, pois o bem melhor, maior e suficiente se torna conhecido!


Compartilhei minha 6ª semana de 2022


Marina M. Kumruian

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