Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”
7/52 – DEUS, O SOBERANO
A conclusão que chegamos até à semana passada foi que a severidade de Deus só é acionada por conta da existência da transgressão, chamada de pecado, o mal generalizado, o qual, por sua vez, só é conhecido e manifesto por meio da lei, pois se Deus não houvesse dito “não comerás”, o desejo não seria atiçado e o ato, caso praticado, não teria motivo para ser punido. No entanto, o regulamento na dieta do Jardim não visava uma privação severamente maldosa, nem mesmo só um teste capcioso, ao contrário, era a pura bondade de Deus prevenindo seus amados da tentação, do engano e da queda! Aliás, é para isso mesmo que sempre serviu a boa, santa e justa lei de Deus, para nos guardar e preservar debaixo da perfeita vontade de Deus até sermos conduzidos a Cristo (cf. Gálatas 3:24)
Por mais que também concluímos que Deus aplicou um teste de obediência, amor e temor nos primeiros seres humanos, “a fim de conhecer suas intenções, se iriam obedecer os seus mandamentos ou não” (Deuteronômio 8:2), aquele “mandamento” não foi estabelecido por mero capricho, fazia-se necessário um Poder Legislativo, Executivo e Judiciário como preza todo Reino bem estruturado. Esta é outra faceta do cenário em cartaz que estamos pintando a cada sábado.
Lembro que comentei aqui esta questão dos títulos ser muito significativa quando se trata de “consideração”. Inicialmente Deus era o Criador, depois agregamos o “SENHOR” e na semana passada enfatizamos a figura do Pai. Hoje vamos ressaltar o papel de Juiz. Para todas estas posições de autoridade, os requisitos de “Bondade e Severidade” são imprescindíveis! Todos, para serem bons, precisam ser severamente justos! Especialmente um Juiz! Inaceitável um frouxo no tribunal! Inconcebível um rei injusto no trono! Sabemos que depois da era dos Juízes em Israel, os reis é que julgavam as causas do povo. Na verdade, deveriam ser representações de Deus na terra. Portanto, Ele é o modelo!
Observe neste texto a bondade e a severidade explícita do Senhor Deus Criador, como Pai e Juiz, Ele disse: “Eu formo a luz e crio as trevas; promovo a paz e crio os conflitos; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas. Que os céus gotejem lá do alto, e as nuvens chovam justiça; que a terra se abra e produza a salvação, e juntamente com ela brote a justiça; eu, o SENHOR, as criei. Ai daquele que discute com o seu CRIADOR, sendo um simples caco entre outros cacos de barro! Será que o barro pergunta ao oleiro: ‘O que você está fazendo?’ Ou diz: ‘Este seu vaso não tem alça!’ Ai daquele que diz ao seu PAI: ‘Por que você gerou?’ E à sua mãe: ‘Por que você deu à luz?’ Assim diz o SENHOR, o SANTO de Israel, que formou o seu povo: Por acaso vocês querem saber as coisas futuras? Querem dar ordens a respeito de meus filhos e a respeito das obras das minhas mãos? Eu fiz a terra e criei nela o ser humano; as minhas mãos estenderam os céus, e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens.” (Isaías 45:7-12)
Ele é o Soberano, Rei dos reis, Senhor dos senhores! Portanto deve ser considerado como tal! Quem somos nós para questionar ou discordar? Ele governa com poder e perfeição! Julgamos hoje Adão e Eva como os dois mais sem noção do mundo ousando desacatar uma determinação do SENHOR DEUS CRIADOR! No entanto, nós também temos perdido a noção todas as vezes que não levamos em consideração a vontade do Rei nas nossas tomadas de decisões diárias. Assim como toda a criação naturalmente obedece às Leis da Natureza para não voltar ao caos ou não sofrer as catástrofes naturais, assim também nós deveríamos considerar a relevância das condições normativas da “casa do Pai”. Sim, porque toda boa casa de família tem as suas regras internas irrevogáveis para o bom andamento do lar, geralmente estipuladas pelo patriarca, o chefe de família, em prol da ordem e progresso do seu clã.
Hoje, cada um de nós tem também as Leis Divinas gravadas dentro do coração! Elas saíram das tábuas pesadas para serem impressas na nossa leve consciência. Deus tem um trono no interior dos corações, de onde a Sua Majestade reina sobre as vidas daqueles que oram ao PAI NOSSO para que “seja feita a Sua vontade”. E esta vontade, boa, agradável e perfeita, quando respeitada com rigor, leva-nos a usufruir da mais intensa e prazerosa intimidade com o Pai Bondoso, o Criador Benigno, o Deus Todo-Poderoso, o Justo Juiz, o Soberano Rei, o nosso SENHOR! Quando consideramos Sua Bondade e Severidade, a Sua Graça e Misericórdia superabundam! Nossos pensamentos se alinham com as alturas e nossos atos se harmonizam com o céu! Não há culpa, não existe vergonha, o medo é lançado fora e nosso jardim, nossa casa, nosso mundo goza a verdadeira felicidade e paz profunda! Bem descobriu o Salmista: “Como é feliz a nação que tem o Senhor como Deus” (Salmos 33:12) Como somos felizes quando consideramos a Bondade e a Severidade de Deus!
Compartilhei minha 7ª semana de 2022
Marina M. Kumruian
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