sábado, 26 de março de 2022

13/52 – CORTAR E ENXERTAR

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”


13/52 – CORTAR E ENXERTAR


Uma outra razão que me animou neste ano a desenvolver este tema (e talvez ainda não tenha comentado isto aqui) é que neste semestre estou dando aulas justamente do módulo de Romanos para a minha classe da EBM - Escola Bíblica Ministerial. Estamos juntas desde 2020, vindo nesta jornada de crescimento por meio dos Livros da Bíblia. Já passamos pelo Antigo Testamento, por Mateus, João, Atos e agora em Romanos, carta em que se encontra o verso chave desta minha série “Considere a Bondade e a Severidade de Deus”. E mais precisamente nesta semana, chegamos finalmente a este verso 22 do capítulo 11 da Epístola de Paulo à Igreja em Roma. Por isso, achei que este seria um bom pretexto para entrar no contexto deste texto e apresentar um panorama geral deste conceito. Para tanto, nada melhor do que fazer uma boa leitura de todo o contexto examinando o texto principal partindo do verso 16:


“Se as raízes da árvore são santas, os ramos também o serão. Mas alguns desses ramos, alguns do povo de Israel, foram cortados. E vocês, gentios, que eram ramos de uma oliveira brava, foram enxertados na árvore. Agora, portanto, participam do alimento nutritivo que vem da raiz da oliveira especial de Deus. No entanto, não devem se orgulhar de terem sido enxertados no lugar dos ramos que foram cortados, pois é a raiz que sustenta o ramo, e não o contrário. Talvez digam: ‘Esses ramos foram cortados para abrir espaço para nós’. É verdade, mas lembrem-se de que esses ramos foram cortados porque não creram e que vocês estão ali porque creem. Portanto, não se orgulhem, mas temam o que poderia acontecer. Pois, se Deus não poupou os ramos naturais, também não poupará vocês.” (até v: 21 na NVT)


O apóstolo escreveu esta carta para uma igreja “mista” onde judeus e gentios comparavam e competiam suas vantagens e benefícios diante de Deus. No entanto, Paulo declara que, ainda que os judeus representavam esta árvore santa, uma oliveira boa, cujas raízes sustentadoras tinham como base especial a fé dos patriarcas, alguns destes “ramos” foram cortados pela severidade de Deus por pura incredulidade e rebeldia de seus endurecidos corações. Isto abriu espaço para os gentios e para que a bondade de Deus se manifestasse “enxertando estes ramos de uma oliveira brava”, nesta oliveira especial de Deus, uma vez que eles também abriram seus corações para receberem e aceitarem o Evangelho que lhes foi pregado pelos apóstolos, o Evangelho da Reconciliação, unindo os homens com Deus e uns com os outros.


Então, “por causa da transgressão deles, veio salvação para os gentios...” (11:11) E mais, “...a rejeição deles possibilitou que o resto do mundo se reconciliasse com Deus...” (11:15) Isto quer dizer que os gentios, que antes eram considerados os transgressores e povo rejeitado (povo do qual nós também fazíamos parte), veio a ser alcançado por Deus justamente porque “os seus não o receberam” e nem creram nele rejeitando o verdadeiro Cristo e transgredindo o propósito divino de viverem pela fé! Por causa disso foram “cortados”! Mesmo sendo “oliveira boa”, ainda que sustentados por uma raiz santa, nada disso serviu-lhes de garantia e nem por isso foram poupados! Nem mesmo os enxertados poderiam se orgulhar de onde conseguiram chegar, porque se estes também não permanecessem na bondade de Deus, igualmente seriam também cortados. Foi a esta altura que Paulo achou prudente sua advertência: “Portanto, considere a bondade e a severidade de Deus: severidade para com aqueles que caíram, mas bondade para com você, desde que permaneça na bondade dele. De outra forma, você também será cortado. E quanto a eles, se não continuarem na incredulidade, serão enxertados, pois Deus é capaz de enxertá-los outra vez. Afinal de contas, se você foi cortado de uma oliveira brava por natureza e, de maneira antinatural, foi enxertado numa oliveira cultivada, quanto mais serão enxertados os ramos naturais em sua própria oliveira?” (11:22-24 NVI) Percebe como a própria Bíblia explica facilmente a Bíblia?


Ficou claro agora a bondade de um conselho tão severo como este? Considere, então, que Deus é capaz, é poderoso, é soberano para cortar quanto para enxertar! Considere a bondade de Deus em ter nos enxertado na “Árvore Boa” quando nos arrependemos dos nossos pecados e nos voltamos para Ele crendo que nos poderia salvar!! Mas o apóstolo também nos recomenda considerar a severidade de Deus, do mesmo Deus que seria capaz, poderoso e soberano para me cortar se eu não permanecer na fé, no amor, no temor, na obediência da sua vontade! Isto também me fez lembrar da Videira Verdadeira dizendo: “Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda. Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido." (João 15:2,6,7)


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Marina M. Kumruian

sábado, 19 de março de 2022

12/52 – NOÉ E LÓ

 

Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”


                                                      

12/52 – NOÉ E LÓ

 

Quando abordamos sobre o Dia do Senhor na semana passada, cheguei a citar no finalzinho um verso de Lucas 17, mas não havia mais “espaço” para outras revelações que este capítulo ainda faz sobre este assunto. Vamos então voltar lá mais um pouquinho e perceber que Jesus compara o Dia do Senhor com dois grandes eventos do passado, repare:

 

“E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos.

Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos.

Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar.” (Lucas 17:26-30)

 

Aqui existem muitas verdades que precisamos entender, já que “tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar” conforme Romanos 15:4, então vamos aprender e não cair nos mesmos erros! Lembrando que nosso enfoque está na bondade e na severidade de Deus, deixaremos para outras ocasiões os aspectos mais escatológicos da questão!

 

Eu entendo que o dia do dilúvio foi o maravilhoso Dia do Senhor para Noé ao mesmo tempo que foi o terrível Dia do Senhor para os demais habitantes da terra. Ainda que ele, como os profetas depois dele, tenha advertido o povo do iminente juízo do Senhor, isto não abalou a rotina de cada um deles, continuaram comendo, bebendo, cansando... tudo bem natural, mas nada sobrenatural... tudo normal, mas nada espiritual... tudo fundamental, mas nada primordial. Note bem, o Soberano Deus decretou um juízo severo para destruir com dilúvio toda aquela humanidade corrupta já no 6º capítulo da História do Gênesis quando “viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal (...) isso cortou-lhe o coração. Então disse o Senhor: "Farei desaparecer da face da terra o homem que criei...” (vs.5-7) No entanto, “a Noé, porém, o Senhor mostrou benevolência.” (v.8) A justiça deste Deus Soberano sabe fazer “a diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a Deus e os que não o servem.” (Malaquias 3:18) e “retribuirá a cada um conforme o seu procedimento. Ele dará vida eterna aos que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade. Mas haverá ira e indignação para os que são egoístas, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça. Haverá tribulação e angústia para todo ser humano que pratica o mal (...); mas glória, honra e paz para todo o que pratica o bem...” (Romanos 2:6-10) Assim vemos um Dia do Senhor glorioso para Noé e sua família (como desejamos que seja para nós e nossas famílias) e um Dia do Senhor horroroso para todas as demais família ímpias que rejeitaram a verdade e seguiram a injustiça.

 

Da mesma maneira, o Dia do Senhor também aconteceu para Ló no mesmo dia que ele foi bondosamente “tirado” do incêndio de Sodoma e Gomorra e a sua mulher foi severamente “deixada” no meio do caminho paralisada como uma estátua de sal olhando para trás. Igual a "Duas pessoas estarão no campo; uma será tirada e a outra deixada". (Lucas 17:36). Pois é, bem sabemos que os sodomitas também rejeitavam a verdade e seguiam a injustiça praticando o mal, por isso foram justa e severamente condenados! A própria mulher de Ló (lembremo-nos dela como recomendou nosso Senhor no mesmo Lucas 17:32), ela até chegou a experimentar o livramento da condenação com a salvação misericordiosa do Senhor, mas não perseverou nela, não guardou a fé, não completou a carreira, parou no meio do caminho que a levaria à vida e não à morte! Ao olhar para trás, como que querendo “voltar atrás”, ela desobedeceu uma simples, mas importante ordem de Deus, o que lhe custou a vida! Desta forma, rejeitou também a bondade inicial que Deus lhe ofereceu para acabar ficando com a severidade final que mereceu.

 

“Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar.” (Lucas 17:30) Pense sobre isso observando mais esta análise que o apóstolo Pedro faz a respeito de tudo isso: “Ele (DEUS) não poupou o mundo antigo quando trouxe o dilúvio sobre aquele povo ímpio, mas preservou Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas. Também condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinzas, tornando-as exemplo do que acontecerá aos ímpios; mas livrou Ló, homem justo, que se afligia com o procedimento libertino dos que não tinham princípios morais (pois, vivendo entre eles, todos os dias aquele justo se atormentava em sua alma justa por causa das maldades que via e ouvia). Vemos, portanto, que o Senhor sabe livrar os piedosos da provação e manter em castigo os ímpios para o dia do juízo...” (2 Pedro 2:5-9)

 

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Marina M. Kumruian

sábado, 12 de março de 2022

11/52 – O DIA DO SENHOR

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”


11/52 – O DIA DO SENHOR


Conforme combinamos na semana passada, hoje estou retomando de onde paramos em Amós. Terminamos refletindo nos versos 14 e 15 do capítulo 5, e hoje, seguiremos no verso 18, a partir do qual um novo título é colocado: “O Dia do Senhor”, uma referência clara ao dia da vinda do Messias quando Ele viria para salvar o Seu povo e instaurar o Seu Reino. No entanto, o profeta denuncia a leitura equivocada que aqueles pretenciosos filhos de Abraão estavam fazendo deste evento. Veja só: “Ai de vocês que anseiam pelo dia do SENHOR! O que pensam vocês do dia do SENHOR? Será dia de trevas, não de luz.” Como assim? Pois é, a expectativa do povo de Israel estava focada apenas na perspectiva da “bondade” de Deus, na qual, de fato, Ele havia prometido um futuro glorioso para o povo da Aliança. Porém, como já provamos em outras semanas, esta esperança estaria fundamentada em algumas condições de fidelidade e obediência que, pelo visto, este povo estava descumprido os termos e as condições pactuais para com o seu Deus.


Logo, se não houvesse uma renovação espiritual por meio de um profundo arrependimento e da sincera e quebrantada confissão que traz o perdão e a correção do desvio pelo qual eles saíram para fora da rota estabelecida pelo Senhor, a consequência seria alterada para um outro destino final, bem contrário ao que eles previam, por não considerar a severidade de Deus diante daquelas condutas tão repreendidas pelos santos profetas levantados naquela época justamente para advertir e exortar aquele povo tão rebelde e perverso pela dureza de seus obstinados corações. Confira algumas delas:


“Reúna-se e ajunte-se, nação sem pudor, antes que chegue o tempo determinado e aquele dia passe como a palha, antes que venha sobre vocês a ira impetuosa do Senhor, antes que o dia da ira do Senhor os alcance. Busquem o Senhor, todos vocês humildes do país, vocês que fazem o que ele ordena. Busquem a justiça, busquem a humildade; talvez vocês tenham abrigo no dia da ira do Senhor.” (Sofonias 2:1-3) A mesma repetida e rejeitada proposta de Amós 5:6,14,15...


Observe como eles consideravam a bondade e a severidade do Senhor de acordo com a atitude do coração de cada um: “Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos e todos os que cometem impiedade serão como palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo. Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis e crescereis como os bezerros do cevadouro.” (Miqueias 4:8) Dois caminhos, duas escolhas, 2 destinos diferentes!


Este grande Dia do Senhor revelará a bondade de Deus na entrada para a vida eterna, mas também manifestará a severidade de Deus com o castigo do desprezo eterno: “E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno.” (Daniel 12:1-2)


Quem não considerou a bondade do Cordeiro, será desconsiderado pela severidade do Leão: “O seu rugido será como o do leão; (...) e arrebatarão a presa, e a levarão, e não haverá quem a livre. E bramarão contra eles naquele dia,(...) então olharão para a terra, e eis que só verão trevas e ânsia, e a luz se escurecerá nos céus.” (Isaías 5:29-30)


Semelhantemente, os apóstolos depois de Cristo ainda continuam a advertir a nossa geração: “Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas, para que esse dia os surpreenda como ladrão. Vocês todos são filhos da luz, filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas. Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Tes. 5:4,5,9) Cremos e recebemos a luz da salvação por meio da bondade graciosa do Pai, por isso podemos dizer que estamos livres da ira de Deus, destinada aos que “preferiram mais as trevas que a luz” (João 3:19)


Aproveito hoje para fazer este mesmo alerta! Quando Jesus sinalizou que o “Dia do Senhor” estaria próximo ao ouvirmos de guerras e rumores de guerra no tempo do fim, Ele também indicou que "Duas pessoas estarão no campo; uma será tirada e a outra deixada". (Lucas 17:36) De duas, uma! Uma considerou as duas reações divinas e completou com êxito a sua jornada. Já a outra só confiou parcialmente. Por considerar apenas o lado que mais lhe interessava, foi deixada de lado!


Compartilhei minha 11ª semana de 2022


Marina M. Kumruian

sábado, 5 de março de 2022

10/52 – OSÉIAS & AMÓS

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”

10/52 – OSÉIAS & AMÓS


Por estes dias, nos meus devocionais da manhã, estive lendo os livros de Oséias e Amós, e como já afirmei, a Bíblia toda está carregada de manifestações da bondade e da severidade de Deus. Mas quando li a explicação introdutória do livro de Amós dizia assim: “Amós era porta-voz vigoroso da justiça e da retidão exigidas por Deus, ao passo que Oséias ressaltava o amor, a graça, a misericórdia e o perdão divinos.” Deparei-me então, com dois profetas (provavelmente contemporâneos) que apelavam ao obstinado e rebelde povo de Israel que se arrependessem e se voltassem para Deus numa época em que “a nação é culpada do mais vergonhoso adultério por afastar-se do Senhor.” (Oséias 1:2)


Oséias considerava a bondade de Deus em contraste com a maldade do povo, repare nestas declarações:

“Eu desejo redimi-los, mas eles falam mentiras a meu respeito. (7:13) Eu os ensinei e os fortaleci, mas eles tramam o mal contra mim. (7:15) Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei o meu filho. Mas, quanto mais eu o chamava, mais eles se afastavam de mim (...) fui eu quem ensinou Efraim a andar, tomando-o nos braços; mas eles não perceberam que fui eu quem os curou. Eu os conduzi com laços de bondade humana e de amor; tirei do seu pescoço o jugo e me inclinei para alimentá-los (...) Como posso desistir de você, Efraim? Como posso entregar você nas mãos de outros, Israel? (...) O meu coração está enternecido, despertou-se toda a minha compaixão.” (11:1-4,8) Olha quanta bondade!!!


Interessante que Oséias faz menção também ao que aconteceu com Adão: “Na cidade de Adão, eles quebraram a aliança, e me foram infiéis.” (6:7) Logo, como ele: “Seus pecados causaram sua queda!” (14:1) Ou seja, Israel escolheu ser do contra: "Você foi destruído, ó Israel, porque está contra mim, contra o seu ajudador.” (13:9) Diante desta decisão, o Justo Juiz decreta a sentença: “você pecou, ó Israel, e nesse pecado você permaneceu (não houve arrependimento, mudança!) Eu os castigarei na medida do meu desejo (...) quando eu os punir por causa de sua dupla transgressão.” (10:9,10) Considere tamanha severidade!!!

 

O Senhor acusou o povo de não conhecer a Deus (4:1; 5:4), por isso ele afirmou: “Meu povo foi destruído por falta de conhecimento” (4:6) Por isso este seu apelo se faz tão necessário e urgente: “Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por prosseguir em conhecê-lo.” (6:3) Em outras palavras: “Considere ao Senhor; esforcem-se por prosseguir em considerar sua bondade e sua severidade.” Se atendessem a este convite, eles considerariam o Senhor como “seu ajudador”, como um Pai que chama o filho menino nos braços para ensinar a andar, para o alimentar, para o ensinar, o conduzir, como um Remidor, um Mestre, uma Fortaleza... Em Oséias, Deus usa a figura de um marido fiel, amável, perdoador, provedor para expressar Seu imenso amor pela Sua Noiva! Como se não bastasse, Ele ainda alterna depois com a figura deste Pai bondoso e compassivo... contudo, a esposa infiel e o filho teimoso não correspondem, não consideram esta bondade! 


O último verso do livro apresenta o veredito: “Quem é sábio? Aquele que CONSIDERAR essas coisas. Quem tem discernimento? Aquele que as compreender. Os caminhos do Senhor são justos; os justos andam neles, mas os rebeldes neles tropeçam.” (14:9) Anos mais tarde... estes rebeldes que não consideraram a bondade de Deus chamando ao arrependimento, tiveram que experimentar a severidade de Deus que os levou ao cativeiro! O Deus severo previamente os avisou: “Efraim será arrasado no dia do castigo (...) Derramarei sobre eles a minha ira” (5:10) E assim foi!


Seguindo agora para Amós, este já detalha com muito mais minúcias as previsões disciplinares! Só no capítulo 4, o Senhor repete por 5 vezes a trágica decepção: “e ainda assim vocês não se voltaram para mim” (6,8,9,10,11) Consequentemente: “Por isso, ainda os castigarei, ó Israel, e, porque eu farei isto com você, prepare-se para encontrar-se com o seu Deus, ó Israel.” (12) Exaustivamente o Senhor enviava os seus profetas para advertir o seu povo no mesmo teor que abordamos na semana passada em Deuteronômio, compare: “Busquem o SENHOR e terão vida, do contrário, ele irromperá como um fogo entre os descendentes de José, e a devastará...” (5:4,6 ) Eles poderiam escolher entre a vida ou a morte, a bênção ou a maldição, o bem ou o mal. E prossegue recomendando: “Busquem o bem, não o mal, para que tenham vida. Então o SENHOR, o Deus dos Exércitos, estará com vocês, conforme vocês afirmam. Odeiem o mal, amem o bem(...). Talvez o SENHOR, o Deus dos Exércitos, tenha misericórdia do remanescente de José.” (5:14,15) 


Vamos ter aí mais uma semaninha para refletir sobre nossas escolhas levando em consideração a bondade e a severidade de Deus. No próximo sábado, pretendo ainda voltar em Amós de onde paramos... até lá!


Compartilhei minha 10ª semana de 2022


Marina M. Kumruian

53/53 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS” 53/53 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Vamos então às “considerações finais”! Só fique bem claro,...