Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”
11/52 – O DIA DO SENHOR
Conforme combinamos na semana passada, hoje estou retomando de onde paramos em Amós. Terminamos refletindo nos versos 14 e 15 do capítulo 5, e hoje, seguiremos no verso 18, a partir do qual um novo título é colocado: “O Dia do Senhor”, uma referência clara ao dia da vinda do Messias quando Ele viria para salvar o Seu povo e instaurar o Seu Reino. No entanto, o profeta denuncia a leitura equivocada que aqueles pretenciosos filhos de Abraão estavam fazendo deste evento. Veja só: “Ai de vocês que anseiam pelo dia do SENHOR! O que pensam vocês do dia do SENHOR? Será dia de trevas, não de luz.” Como assim? Pois é, a expectativa do povo de Israel estava focada apenas na perspectiva da “bondade” de Deus, na qual, de fato, Ele havia prometido um futuro glorioso para o povo da Aliança. Porém, como já provamos em outras semanas, esta esperança estaria fundamentada em algumas condições de fidelidade e obediência que, pelo visto, este povo estava descumprido os termos e as condições pactuais para com o seu Deus.
Logo, se não houvesse uma renovação espiritual por meio de um profundo arrependimento e da sincera e quebrantada confissão que traz o perdão e a correção do desvio pelo qual eles saíram para fora da rota estabelecida pelo Senhor, a consequência seria alterada para um outro destino final, bem contrário ao que eles previam, por não considerar a severidade de Deus diante daquelas condutas tão repreendidas pelos santos profetas levantados naquela época justamente para advertir e exortar aquele povo tão rebelde e perverso pela dureza de seus obstinados corações. Confira algumas delas:
“Reúna-se e ajunte-se, nação sem pudor, antes que chegue o tempo determinado e aquele dia passe como a palha, antes que venha sobre vocês a ira impetuosa do Senhor, antes que o dia da ira do Senhor os alcance. Busquem o Senhor, todos vocês humildes do país, vocês que fazem o que ele ordena. Busquem a justiça, busquem a humildade; talvez vocês tenham abrigo no dia da ira do Senhor.” (Sofonias 2:1-3) A mesma repetida e rejeitada proposta de Amós 5:6,14,15...
Observe como eles consideravam a bondade e a severidade do Senhor de acordo com a atitude do coração de cada um: “Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos e todos os que cometem impiedade serão como palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo. Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis e crescereis como os bezerros do cevadouro.” (Miqueias 4:8) Dois caminhos, duas escolhas, 2 destinos diferentes!
Este grande Dia do Senhor revelará a bondade de Deus na entrada para a vida eterna, mas também manifestará a severidade de Deus com o castigo do desprezo eterno: “E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno.” (Daniel 12:1-2)
Quem não considerou a bondade do Cordeiro, será desconsiderado pela severidade do Leão: “O seu rugido será como o do leão; (...) e arrebatarão a presa, e a levarão, e não haverá quem a livre. E bramarão contra eles naquele dia,(...) então olharão para a terra, e eis que só verão trevas e ânsia, e a luz se escurecerá nos céus.” (Isaías 5:29-30)
Semelhantemente, os apóstolos depois de Cristo ainda continuam a advertir a nossa geração: “Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas, para que esse dia os surpreenda como ladrão. Vocês todos são filhos da luz, filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas. Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Tes. 5:4,5,9) Cremos e recebemos a luz da salvação por meio da bondade graciosa do Pai, por isso podemos dizer que estamos livres da ira de Deus, destinada aos que “preferiram mais as trevas que a luz” (João 3:19)
Aproveito hoje para fazer este mesmo alerta! Quando Jesus sinalizou que o “Dia do Senhor” estaria próximo ao ouvirmos de guerras e rumores de guerra no tempo do fim, Ele também indicou que "Duas pessoas estarão no campo; uma será tirada e a outra deixada". (Lucas 17:36) De duas, uma! Uma considerou as duas reações divinas e completou com êxito a sua jornada. Já a outra só confiou parcialmente. Por considerar apenas o lado que mais lhe interessava, foi deixada de lado!
Compartilhei minha 11ª semana de 2022
Marina M. Kumruian
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