Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”
10/52 – OSÉIAS & AMÓS
Por estes dias, nos meus devocionais da manhã, estive lendo os livros de Oséias e Amós, e como já afirmei, a Bíblia toda está carregada de manifestações da bondade e da severidade de Deus. Mas quando li a explicação introdutória do livro de Amós dizia assim: “Amós era porta-voz vigoroso da justiça e da retidão exigidas por Deus, ao passo que Oséias ressaltava o amor, a graça, a misericórdia e o perdão divinos.” Deparei-me então, com dois profetas (provavelmente contemporâneos) que apelavam ao obstinado e rebelde povo de Israel que se arrependessem e se voltassem para Deus numa época em que “a nação é culpada do mais vergonhoso adultério por afastar-se do Senhor.” (Oséias 1:2)
Oséias considerava a bondade de Deus em contraste com a maldade do povo, repare nestas declarações:
“Eu desejo redimi-los, mas eles falam mentiras a meu respeito. (7:13) Eu os ensinei e os fortaleci, mas eles tramam o mal contra mim. (7:15) Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei o meu filho. Mas, quanto mais eu o chamava, mais eles se afastavam de mim (...) fui eu quem ensinou Efraim a andar, tomando-o nos braços; mas eles não perceberam que fui eu quem os curou. Eu os conduzi com laços de bondade humana e de amor; tirei do seu pescoço o jugo e me inclinei para alimentá-los (...) Como posso desistir de você, Efraim? Como posso entregar você nas mãos de outros, Israel? (...) O meu coração está enternecido, despertou-se toda a minha compaixão.” (11:1-4,8) Olha quanta bondade!!!
Interessante que Oséias faz menção também ao que aconteceu com Adão: “Na cidade de Adão, eles quebraram a aliança, e me foram infiéis.” (6:7) Logo, como ele: “Seus pecados causaram sua queda!” (14:1) Ou seja, Israel escolheu ser do contra: "Você foi destruído, ó Israel, porque está contra mim, contra o seu ajudador.” (13:9) Diante desta decisão, o Justo Juiz decreta a sentença: “você pecou, ó Israel, e nesse pecado você permaneceu (não houve arrependimento, mudança!) Eu os castigarei na medida do meu desejo (...) quando eu os punir por causa de sua dupla transgressão.” (10:9,10) Considere tamanha severidade!!!
O Senhor acusou o povo de não conhecer a Deus (4:1; 5:4), por isso ele afirmou: “Meu povo foi destruído por falta de conhecimento” (4:6) Por isso este seu apelo se faz tão necessário e urgente: “Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por prosseguir em conhecê-lo.” (6:3) Em outras palavras: “Considere ao Senhor; esforcem-se por prosseguir em considerar sua bondade e sua severidade.” Se atendessem a este convite, eles considerariam o Senhor como “seu ajudador”, como um Pai que chama o filho menino nos braços para ensinar a andar, para o alimentar, para o ensinar, o conduzir, como um Remidor, um Mestre, uma Fortaleza... Em Oséias, Deus usa a figura de um marido fiel, amável, perdoador, provedor para expressar Seu imenso amor pela Sua Noiva! Como se não bastasse, Ele ainda alterna depois com a figura deste Pai bondoso e compassivo... contudo, a esposa infiel e o filho teimoso não correspondem, não consideram esta bondade!
O último verso do livro apresenta o veredito: “Quem é sábio? Aquele que CONSIDERAR essas coisas. Quem tem discernimento? Aquele que as compreender. Os caminhos do Senhor são justos; os justos andam neles, mas os rebeldes neles tropeçam.” (14:9) Anos mais tarde... estes rebeldes que não consideraram a bondade de Deus chamando ao arrependimento, tiveram que experimentar a severidade de Deus que os levou ao cativeiro! O Deus severo previamente os avisou: “Efraim será arrasado no dia do castigo (...) Derramarei sobre eles a minha ira” (5:10) E assim foi!
Seguindo agora para Amós, este já detalha com muito mais minúcias as previsões disciplinares! Só no capítulo 4, o Senhor repete por 5 vezes a trágica decepção: “e ainda assim vocês não se voltaram para mim” (6,8,9,10,11) Consequentemente: “Por isso, ainda os castigarei, ó Israel, e, porque eu farei isto com você, prepare-se para encontrar-se com o seu Deus, ó Israel.” (12) Exaustivamente o Senhor enviava os seus profetas para advertir o seu povo no mesmo teor que abordamos na semana passada em Deuteronômio, compare: “Busquem o SENHOR e terão vida, do contrário, ele irromperá como um fogo entre os descendentes de José, e a devastará...” (5:4,6 ) Eles poderiam escolher entre a vida ou a morte, a bênção ou a maldição, o bem ou o mal. E prossegue recomendando: “Busquem o bem, não o mal, para que tenham vida. Então o SENHOR, o Deus dos Exércitos, estará com vocês, conforme vocês afirmam. Odeiem o mal, amem o bem(...). Talvez o SENHOR, o Deus dos Exércitos, tenha misericórdia do remanescente de José.” (5:14,15)
Vamos ter aí mais uma semaninha para refletir sobre nossas escolhas levando em consideração a bondade e a severidade de Deus. No próximo sábado, pretendo ainda voltar em Amós de onde paramos... até lá!
Compartilhei minha 10ª semana de 2022
Marina M. Kumruian
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