Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”
18/52 – O TRABALHO
Embora hoje seja o sábado do descanso... vou me antecipar por causa do Dia do Trabalho comemorado amanhã e trazer hoje aqui alguns bons exemplos da bondade e da severidade de Deus com alguns trabalhadores da sua obra.
São muitas as parábolas que nosso Senhor Jesus Cristo contou sobre estas questões trabalhistas, localizei pelo menos 7 delas... mas tentaremos extrair apenas os conceitos principais que demonstram bem o que estamos estudando este ano.
De um modo geral, para quem já conhece as Parábolas dos Talentos (Mateus 25:14-30), do Servo Impiedoso (Mateus 18:23-34) do Servo Fiel e Sensato (Mateus 24:45-51), dos Trabalhadores na Vinha (Mateus 20:1-16), dos Servos Vigilantes (Marcos 13:35-37), dos Lavradores (Mateus 21:33-44), do Administrador Astuto (Lucas 16:1-8) e a do Senhor e seu Servo (Lucas 17:7-10)... o “quadro de funcionários” apresentado é sempre duplo, sempre existem os bons e fiéis que são elogiados e recompensados e sempre há, por outro lado, os maus e negligentes que são repreendidos e “demitidos”! Logicamente, para o 1º nível, a bondade de Deus é manifestada de maneira mais visível, enquanto que para o 2º nível a severidade de Deus fica mais evidente.
No entanto, para provar o quanto a generosidade do nosso Senhor é bem mais abundante do que a severidade, Jesus conta a respeito de um empregador que contratou vários trabalhadores para a sua vinha em diferentes horas do dia, mas combinou com cada um deles previamente o mesmo valor da mão de obra. Ao fim do dia, “vieram os trabalhadores contratados por volta das cinco horas da tarde, e cada um recebeu um denário. Quando vieram os que tinham sido contratados primeiro, esperavam receber mais. Mas cada um deles também recebeu um denário. Quando o receberam, começaram a se queixar do proprietário da vinha, dizendo-lhe: ‘Estes homens contratados por último trabalharam apenas uma hora, e o senhor os igualou a nós, que suportamos o peso do trabalho e o calor do dia’.” (Mateus 20:9-12) De fato, a observação dos trabalhadores parecia correta, contudo a resposta que receberam foi surpreendente: “Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário? Receba o que é seu e vá. Eu quero dar ao que foi contratado por último o mesmo que lhe dei. Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?” (vs:13-15) Neste caso observamos um coração generoso deste senhor tipificando o caráter do nosso Deus, ainda que jamais corrompa sua justiça! Vemos também, em contra partida, uma inclinação humana tendenciosa para invejar a bondade de Deus para com os outros e reclamar da Sua justiça para conosco.
Em outra parábola constatamos a mesma intenção quando o próprio Jesus pergunta aos seus ouvintes em Mateus 21:40: “quando vier o dono da vinha, o que fará àqueles lavradores” maus que maltrataram os seus servos e mataram o seu filho? E a resposta que qualquer um de nós daria denuncia a severidade justa com que deveriam ser tratados: “Matará de modo horrível esses perversos e arrendará a vinha a outros lavradores, que lhe deem a sua parte no tempo da colheita.” (v:41) Sim, o Senhor até pode ser bondoso demais com quem não merece, como fez na primeira parábola, entretanto, não vemos jamais Ele punindo severamente alguém que nada tenha feito para ser castigado sem justa causa!
Ele é nosso Justo e Generoso Senhor! E nós, que espécie de servos somos? Em que nível e categoria nos enquadramos?
“Quem é, pois, o servo fiel e sensato, a quem seu senhor encarrega dos de sua casa para lhes dar alimento no tempo devido? Feliz o servo a quem seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar. Garanto-lhes que ele o encarregará de todos os seus bens.” (Mateus 24:45-47) Quero estar sendo representada por este servo fiel e sensato como aqueles da parábola dos Talentos que ouviram: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor”. (Mateus 25:21) E que Deus me livre de ser como estes que dizem: “‘Meu senhor se demora’, e então comece a bater em seus conservos e a comer e a beber com os beberrões. O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe. Ele o punirá severamente e lhe dará lugar com os hipócritas, onde haverá choro e ranger de dentes.” (Mateus 24:48-51) Lá não dará mais tempo de pedir “misericórdia”!
“Portanto, vigiem, porque vocês não sabem quando o dono da casa voltará: se à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo ou ao amanhecer. Se ele vier de repente, que não os encontre dormindo! O que lhes digo, digo a todos: Vigiem!” (Marcos 13:35-37)
Compartilhei minha 18ª semana de 2022
Marina M. Kumruian