sábado, 30 de abril de 2022

18/52 – O TRABALHO

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”


18/52 – O TRABALHO


Embora hoje seja o sábado do descanso... vou me antecipar por causa do Dia do Trabalho comemorado amanhã e trazer hoje aqui alguns bons exemplos da bondade e da severidade de Deus com alguns trabalhadores da sua obra.


São muitas as parábolas que nosso Senhor Jesus Cristo contou sobre estas questões trabalhistas, localizei pelo menos 7 delas... mas tentaremos extrair apenas os conceitos principais que demonstram bem o que estamos estudando este ano.


De um modo geral, para quem já conhece as Parábolas dos Talentos (Mateus 25:14-30), do Servo Impiedoso (Mateus 18:23-34) do Servo Fiel e Sensato (Mateus 24:45-51), dos Trabalhadores na Vinha (Mateus 20:1-16), dos Servos Vigilantes (Marcos 13:35-37), dos Lavradores (Mateus 21:33-44), do Administrador Astuto (Lucas 16:1-8) e a do Senhor e seu Servo (Lucas 17:7-10)... o “quadro de funcionários” apresentado é sempre duplo, sempre existem os bons e fiéis que são elogiados e recompensados e sempre há, por outro lado, os maus e negligentes que são repreendidos e “demitidos”! Logicamente, para o 1º nível, a bondade de Deus é manifestada de maneira mais visível, enquanto que para o 2º nível a severidade de Deus fica mais evidente.


No entanto, para provar o quanto a generosidade do nosso Senhor é bem mais abundante do que a severidade, Jesus conta a respeito de um empregador que contratou vários trabalhadores para a sua vinha em diferentes horas do dia, mas combinou com cada um deles previamente o mesmo valor da mão de obra. Ao fim do dia, “vieram os trabalhadores contratados por volta das cinco horas da tarde, e cada um recebeu um denário. Quando vieram os que tinham sido contratados primeiro, esperavam receber mais. Mas cada um deles também recebeu um denário. Quando o receberam, começaram a se queixar do proprietário da vinha, dizendo-lhe: ‘Estes homens contratados por último trabalharam apenas uma hora, e o senhor os igualou a nós, que suportamos o peso do trabalho e o calor do dia’.” (Mateus 20:9-12) De fato, a observação dos trabalhadores parecia correta, contudo a resposta que receberam foi surpreendente: “Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário? Receba o que é seu e vá. Eu quero dar ao que foi contratado por último o mesmo que lhe dei. Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?” (vs:13-15) Neste caso observamos um coração generoso deste senhor tipificando o caráter do nosso Deus, ainda que jamais corrompa sua justiça! Vemos também, em contra partida, uma inclinação humana tendenciosa para invejar a bondade de Deus para com os outros e reclamar da Sua justiça para conosco. 


Em outra parábola constatamos a mesma intenção quando o próprio Jesus pergunta aos seus ouvintes em Mateus 21:40: “quando vier o dono da vinha, o que fará àqueles lavradores” maus que maltrataram os seus servos e mataram o seu filho? E a resposta que qualquer um de nós daria denuncia a severidade justa com que deveriam ser tratados: “Matará de modo horrível esses perversos e arrendará a vinha a outros lavradores, que lhe deem a sua parte no tempo da colheita.” (v:41) Sim, o Senhor até pode ser bondoso demais com quem não merece, como fez na primeira parábola, entretanto, não vemos jamais Ele punindo severamente alguém que nada tenha feito para ser castigado sem justa causa!


Ele é nosso Justo e Generoso Senhor! E nós, que espécie de servos somos? Em que nível e categoria nos enquadramos? 


“Quem é, pois, o servo fiel e sensato, a quem seu senhor encarrega dos de sua casa para lhes dar alimento no tempo devido? Feliz o servo a quem seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar. Garanto-lhes que ele o encarregará de todos os seus bens.” (Mateus 24:45-47) Quero estar sendo representada por este servo fiel e sensato como aqueles da parábola dos Talentos que ouviram: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor”. (Mateus 25:21) E que Deus me livre de ser como estes que dizem: “‘Meu senhor se demora’, e então comece a bater em seus conservos e a comer e a beber com os beberrões. O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe. Ele o punirá severamente e lhe dará lugar com os hipócritas, onde haverá choro e ranger de dentes.” (Mateus 24:48-51) Lá não dará mais tempo de pedir “misericórdia”!


“Portanto, vigiem, porque vocês não sabem quando o dono da casa voltará: se à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo ou ao amanhecer. Se ele vier de repente, que não os encontre dormindo! O que lhes digo, digo a todos: Vigiem!” (Marcos 13:35-37)


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Marina M. Kumruian

sábado, 23 de abril de 2022

17/52 – A BÍBLIA

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”

17/52 – A BÍBLIA


 Você sabia que hoje é o Dia Mundial do Livro? Um bom motivo para escolher o Livro dos livros como tema desta semana!

E vem muito bem a calhar também com o nosso tema do ano, porque a Bíblia não é um livro de “contos de fadas”, não! Nem tão pouco um livro de terror e opressão! Por ser um livro que não visa seu valor comercial, ele não foi escrito com a preocupação de agradar os seus leitores. Não! Ele é um livro que traz a verdade pura e autêntica, conta as histórias de final feliz, mas também não encobre os desfechos frustrantes e decepcionantes de muitos fatos da vida real! 


Estamos falando de um livro que também apresenta bondade e severidade em suas páginas. Ela não é só uma bela “caixinha de promessas” de onde escolhemos só as palavras de conforto e motivação para nos colocar para cima. Não! Ela também não é só um livro grosso e pesado de capa preta cheio de ordens e regras de difícil e penosa aplicação. Não! A Bíblia pode ser considerada um remédio muitas vezes amargo, mas é um antídoto que traz a cura! Pode ser considerada uma espada que fere o inimigo, mas um escudo que protege o herói. Ela é considerada uma lâmpada que ilumina os passos do homem bom, mas que também expõe as trevas do caminho mal. 


A Bíblia é o cardápio balanceado para o que precisamos digerir para o nosso crescimento e desenvolvimento, e não só uma porção saborosa para agradar o nosso paladar requintado e nem para engordar o nosso ego rebuscado. Ela é a Palavra que precisamos, nem sempre a que desejamos. Ela “é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3:15-17)


Consideremos então a bondade e a severidade das Escrituras!


Aliás, não tem como separar um do outro, o Deus da Bíblia é revelado pela própria Palavra de Deus! Isto eu tenho observado dia a dia, escrito semana após semana, compartilhado ano após ano... e assim o farei por toda minha vida! Desta forma, percebo nitidamente o quanto a Bíblia transmite o caráter pleno de Deus, sendo ela a maior responsável por nos trazer ao conhecimento os planos e a vontade de Deus para as nossas vidas.


Certa vez, lendo o livro do profeta Jeremias, eu me surpreendi com dois textos paralelos. Primeiramente eu fiquei chocada com a declaração: “Agora, portanto, diga ao povo de Judá e aos habitantes de Jerusalém: ‘Assim diz o Senhor: Estou preparando uma desgraça e fazendo um plano contra vocês. Por isso, converta-se cada um de seu mau procedimento e corrija a sua conduta e as suas ações’.” (Jeremias 18:11) Como assim “Deus forjando mal contra seu povo”!!?? Pensei comigo, isso não bate com uma outra fala de Deus tão conhecida que diz que Ele tem planos de paz a nosso respeito!!! E quando fui procurar a referência, fiquei mais espantada ainda por notar que ela estava no mesmo livro de Jeremias, ambos, claro, inseridos na mesma única Bíblia, inspirada pelo mesmo e único Deus, dizendo: “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês", diz o Senhor, "planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.” (Jeremias 29:11) Ué... mesmo Deus, mesma Bíblia, mas decretos e planos diferentes devido à condutas e respostas diferentes de corações diferentes! Estas são referências clássicas e indiscutíveis da bondade e da severidade de Deus em execução registrada nas Escrituras. 


Repare o contexto da promulgação do plano mal e desgraçado pela resposta que o povo dá na sequência: “Mas eles responderão: ‘Não adianta. Continuaremos com os nossos próprios planos; cada um de nós seguirá a rebeldia do seu coração mau’.” (Jeremias 18:12) Ou seja, mesmo sabendo da sentença justa e severa decretada por Deus, eles não aceitaram a chance de se converterem cada um de seu mau procedimento e corrigirem a sua conduta e as suas ações! Como temos repetido: escolheram o maldito plano B! 


Já a sequência da promessa dos planos de paz segue assim: “Então vocês clamarão a mim, virão orar a mim, e eu os ouvirei. Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vocês", declara o Senhor, "e os trarei de volta do cativeiro...” (Jeremias 29:12-14) Ou seja, desta vez, o povo escolheu o plano A de “abençoado” ao se voltarem arrependidos para o Senhor de todo o coração!! 


Assim é este Livro! Esta é a Bíblia Sagrada! Abra suas páginas e escolha pelos planos de paz e não de mal preparados por Deus para dar o fim que você deseja escolher para sua vida? 


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Marina M. Kumruian

sábado, 16 de abril de 2022

16/52 – OS DOIS LADRÕES DA CRUZ

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”


16/52 – OS DOIS LADRÕES DA CRUZ


Nesta semana de Páscoa, achei oportuno relembrar a cena do calvário! Aliás, um dos elementos que mais expressam a bondade e a severidade de Deus é a CRUZ! Na 5ª e 6ª semana já pincelei um pouco sobre isso na morte de cruz de Jesus. Mas hoje vamos considerar as outras duas cruzes do Gólgota. O Evangelho de Lucas 23:32-33 e 39-43 relata assim:


“Dois outros homens, ambos criminosos, também foram levados com ele, para serem executados. Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram com os criminosos, um à sua direita e o outro à sua esquerda. 

Um dos criminosos que ali estavam dependurados lançava-lhe insultos: ‘Você não é o Cristo? Salve-se a si mesmo e a nós!’ 

Mas o outro criminoso o repreendeu, dizendo: ‘Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença? Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem. Mas este homem não cometeu nenhum mal’. Então ele disse: ‘Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino’. 

Jesus lhe respondeu: ‘Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso’.”


Curioso pensar no fato de Jesus não ter sido crucificado sozinho! Poderia! Mas acredito seriamente que Deus tinha um propósito intencional nesta disposição das 3 cruzes sobre o monte. Interessante também observar que Jesus está bem no meio dos dois ladrões. Tenho por mim que este quadro quer mostrar a centralidade de Jesus na vida da humanidade.


Sabemos, cremos e ensinamos muito bem que Jesus morreu em nosso lugar! Mas a Bíblia também ensina que morremos com Cristo: “Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele...” (Romanos 6:6)! Esta parte, porém, já não é assim tão bem assimilada. Por isso, deixe-me esclarecer como a figura do calvário ilustra bem esta verdade. Cristo, sim, está lá representando eu e você, morrendo em nosso lugar! Como inocente, tomando o castigo da nossa culpa! Mas Ele não está lá sozinho! Aqueles 2 criminosos também nos representam! Estão ali “morrendo com Cristo também”. Por que? Porque TODOS pecaram! Todos nós somos “ladrões de autoridade”, porque roubamos a autoridade divina sobre nossas vidas ao escolhermos obedecer à nossa própria vontade em transgressão à Lei de Deus, e o nome disso é pecado! E pecado é crime que leva ao juízo de condenação e cuja sentença é a morte!


Logo, aqueles criminosos estão ali com razão e bem representam toda a humanidade que, condenada pelo pecado, sofre a justa severidade da morte. Sim, todos são devidamente merecedores da severidade de Deus! Por isso os dois ladrões estavam “mortos em seus delitos e pecados” como também nós estávamos! Ainda que tão perto da salvação... mesmo que ao lado do Salvador... quantos tantas vezes ainda blasfemam, desprezam, ignoram Aquele que pode oferecer a única oportunidade, ainda que no último suspiro de vida... Contudo, a severidade que deveria leva-los desesperadamente ao quebrantamento clamando por socorro e misericórdia, tem levado a maioria ainda mais a um endurecimento de coração cada vez mais sepulcral!


Mas a cruz também representa a extrema bondade de Deus! Enxergamos isso quando um dos malfeitores, convencido do pecado, da justiça e do juízo pelo Espírito Santo, encontrou acesso à esta bondade extraordinária e imerecida no momento em que, arrependido clamou “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino" (v:42)! Diferente do outro, este temeu a Deus estando sob a mesma sentença. Entendeu que estava sendo punido com justiça, porque estava recebendo o que seus atos mereciam. Mas mais do que isso, compreendeu que Jesus Cristo era santo, que ao seu lado estava não simplesmente um “homem [que] não cometeu nenhum mal”, mas o verdadeiro Rei dos reis que poderia lembrar-se dele em Seu Reino! Este me representa porque provou a bendita e bondosa salvação como todos aqueles que também “Estando ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo... pela graça fomos salvos”! (Ef. 2:5)


As 3 cruzes no Calvário anunciam que a SEVERIDADE DE DEUS É PARA TODOS, porque TODOS PECARAM. Mas igualmente proclama que a BONDADE DE DEUS também é para TODOS, “porque Deus amou [TODO] o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho unigênito, para que TODO aquele que n'Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3:16). Novamente Deus coloca diante de nós a escolha: A severa condenação pela razão ou a bondosa justificação pela fé?


Eu escolhi a justificação pela fé como o ladrão da direita! ESTOU SALVA! O da esquerda escolheu a condenação! PERECEU! E você? Escolha a vida eterna! Escolha por uma Feliz Páscoa! 


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Marina M. Kumruian

sábado, 9 de abril de 2022

15/52 – O VASO E O OLEIRO

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”

15/52 – O VASO E O OLEIRO


Já comentei aqui em outras ocasiões como é recorrente Deus falar um mesmo tema pelas mais diversas maneiras possíveis. Isto tem acontecido com o tema desta série que, aliás, nem ainda consegui recorrer a longa lista de referências bíblicas que selecionei ao longo destes anos visualizando esta verdade por toda a Palavra de Deus. Isto porque a cada semana uma “coincidência” nova e fresca recai no meu coração para abordar aqui... assim é a dinâmica atual do Reino!


E o tema deste sábado surgiu de uma destas sequências de indicações que o Espírito Santo me mostrou fazendo-me crer que este era o título por Ele escolhido para a abordagem de hoje. Acho que tudo começou ontem mesmo quando pela manhã meu sobrinho compartilhou no grupo da família o louvor intitulado “Oleiro”! Na hora eu só lembrei que, no dia anterior, a mensagem que recebo todos os dias da Sarah Young falava alguma coisa sobre isso, e ao checar deparei-me com a declaração: “EU SOU O OLEIRO; VOCÊ É MEU BARRO.” E sem hesitar, também compartilhei com ele no grupo. Não demorou muito, e meu outro sobrinho, admirado, também postou a foto do seu devocional de 8/4 intitulado “Um vaso útil”. E mais surpresa ainda, foi aí que me dei conta que no culto que fomos na quinta-feira (um dia antes) o pastor começou a pregar exatamente sobre Jeremias descendo à Casa do Oleiro (Leia Jeremias 18)! E pra completar, meu filho conta também que seu amigo oleiro vai expor seus vasos amanhã pela 1ª vez e eles estavam conversando sobre os paralelos dos vasos com o cristianismo ao mesmo tempo que falávamos sobre isso no grupo familiar. Gente do céu, pensei! Aí tem algum mistério nestas “casualidades”!! Vamos então explorar este tema é já! E nada melhor do que começar pelo início do nosso começo e lembrar da nossa origem e do nosso destino de acordo com Gênesis 3:19 onde Deus mesmo disse que Adão voltaria “à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará.” (Compare também Jó 10:9)


Mas entre este início e fim temos o período intermediário no qual este barro passa pelas mãos do Oleiro e é moldado e remodelado até alcançar a forma perfeita para a qual foi criado, vasos de honra, vasos úteis ao Seu Possuidor!


E é justamente neste processo doloroso do vaso nas mãos do oleiro que podemos perceber a bondade e a severidade de Deus! Bondade em nos tirar do pó, e de uma massa sem forma e inútil, trabalhar uma obra de arte, “feitura sua para boas obras”! Mas quem conhece o passo a passo da transformação a que se é submetido este barro bruto, vai identificar a severidade dolorida desta habilidosa escultura! Por curiosidade pesquisei um artigo bastante interessante sobre isso e anexo o link abaixo para a sua apreciação também... leia, muito contribuirá para o propósito desta reflexão!


Acredito que o profeta estava pensando nesta bondade e severidade do Pai quando suspirou: “Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro; tu és o oleiro. Todos nós somos obra das tuas mãos. Não te ires demais, ó Senhor.... (Isaías 64:8,9) No entanto, é neste limpar, moer, amassar, modelar, queimar, resfriar, secar, muitas vezes até quebrar e refazer que adquirimos a boa forma! Inclusive, reparando o tema das duas últimas semanas, abordei Romanos 11 e depois o 13, mal sabia que retornaria hoje no 12 para ressaltar a célebre recomendação do apóstolo: “Não vos amoldeis (ou conformeis) ao sistema deste mundo, mas sede transformados...” (v:2). Temos sido barro duro ou modelável pelo Oleiro?


Como está a perFORMAnce do seu vaso? Fomos FORMADOS à imagem e semelhança do Pai, mas nos DEFORMAMOS e acabamos por nos CONFORMAR com a situação, até sermos INFORMADOS que seria possível nos DESENFORMAR da FORMA do mundo e nos ENFORMAR novamente nos moldes do céu permitindo a TRANSFORMAÇÃO que as mãos do Oleiro podem produzir quando mistura o nosso ser na Água Viva da Palavra! Nela renovamos nossa mente e restauramos o nosso coração segundo o coração original de Deus em nós, sedimentando esta obra com o Fogo Consumidor e Purificador do Espírito Santo. E pintados de vermelho com o sangue de Jesus, guardamos “esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que o poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós.” (2 Coríntios 4:7)


Diante desta explanação, não vamos reclamar quando a bondade de Deus nos submeter ao seu processo severo de remodelagem, tendo em vista que só assim seremos transformados nestes vasos úteis em suas mãos! Esta foi a conclusão que o rei Davi chegou: “Antes de ser afligido, eu andava desviado, mas agora obedeço à tua palavra. Tu és bom, e o que fazes é bom; Foi bom para mim ter sido castigado, para que aprendesse os teus decretos. As tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me este entendimento...!” (Salmos 119:67-73) Um bom tema para a semana que vem!!!


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Marina M. Kumruian

sábado, 2 de abril de 2022

14/52 – O MAU TRAZ O MAL MAS O BOM GERA O BEM

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”


14/52 – O MAU TRAZ O MAL MAS O BOM GERA O BEM


Compartilhei aqui na semana passada o contexto de Romanos 11 de onde foi tirado o verso 22, tema desta série, aproveitando o fato de ter ministrado justamente este capítulo na aula para as minhas alunas no Curso da EBM. E na sequencia agora, me preparando para ensinar o capítulo 13, encontrei nele mais alguns bons conceitos que reforçarão a ideia que desde o princípio estamos desenvolvendo aqui.


Refrescando a nossa memória, iniciamos tratando das ordens que Deus, como Autoridade Soberana, infligiu sobre Adão e Eva no Seu distrito governamental e que estes, como seus súditos subordinados, deveriam obedecer e não infringir como fizeram. Com este desacato à Autoridade Suprema do Reino de Deus, eles sofreram severamente as penalidades da transgressão pelo mal praticado, deixando assim de usufruir da bondade divina disponível a todo o que pratica o bem. 


E ao longo destes 3 meses, cada semana também retratou este princípio da causa e efeito, da ação e reação, da semeadura e da colheita, o que desencadeia consequentemente a bondade e a severidade não só de Deus, mas de todos os setores, especialmente no nível de hierarquias em autoridade, como é o caso muito bem abordado em Romanos 13:


“Todos devem sujeitar-se às autoridades, pois toda autoridade vem de Deus, e aqueles que ocupam cargos de autoridade foram ali colocados por ele. Portanto, quem se rebela contra a autoridade se rebela contra o Deus que a instituiu e será punido. Pois as autoridades não causam temor naqueles que fazem o que é certo, mas sim nos que fazem o que é errado. Você deseja viver livre do medo das autoridades? Faça o que é certo, e elas o honrarão. As autoridades são servos de Deus, para o seu bem. Mas, se você estiver fazendo algo errado, é evidente que deve temer, pois elas têm o poder de puni-lo, pois estão a serviço de Deus para castigar os que praticam o mal. Portanto, sujeitem-se a elas, não apenas para evitar a punição, mas também para manter a consciência limpa.” (vs:1-5)


Vemos nesta passagem bíblica a real concepção dos direitos e deveres das autoridades. Sendo instituídas por Deus, exercem igualmente o mesmo direito de punir severamente o mal como também o dever de honrar bondosamente o bem! Pelo menos é o que esperamos que façam. E se desejamos a merecida condenação aos infratores, não podemos ser injustos em esperar que os nossos delitos sejam desconsiderados, muito menos honrados! Geralmente somos mais tendenciosos a exigir justiça para o crime do outro enquanto esperamos misericórdia para os nossos pecados! 


Vale ressaltar aqui outra passagem da mesma carta aos Romanos quando Paulo questiona seus leitores assim: “Uma vez que você julga outros por fazerem essas coisas, o que o leva a pensar que evitará o julgamento de Deus ao agir da mesma forma? Não percebe quanto ele é bondoso, tolerante e paciente com você? Não vê que essas manifestações da bondade de Deus visam levá-lo ao arrependimento? Mas, por causa de seu coração rebelde, você se recusa a abandonar o pecado, acumulando ira sobre si mesmo. Pois o dia da ira se aproxima, quando o justo juízo de Deus se revelará.” (2:3-5)


Então, para esta semana, fica o destaque de “considerar a bondade e a severidade de Deus” em execução também por meio das autoridades civis, acatando o bom conselho que Pedro também escreveu em sua 1ª carta nos versos 13 a 19: 

“Por causa do Senhor, sujeitem-se a toda autoridade constituída entre os homens; seja ao rei, como autoridade suprema, seja aos governantes, como por ele enviados para punir os que praticam o mal e honrar os que praticam o bem. Pois é da vontade de Deus que, praticando o bem, vocês silenciem a ignorância dos insensatos. Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus. Tratem a todos com o devido respeito: amem os irmãos, temam a Deus e honrem o rei. Escravos, sujeitem-se a seus senhores com todo o respeito, não apenas aos bons e amáveis, mas também aos maus. Porque é louvável que, por motivo de sua consciência para com Deus, alguém suporte aflições sofrendo injustamente.” Lembrando que as autoridades no tempo de Paulo e de Pedro foram tão cruéis para com eles que os perseguiram e os mataram por causa deste Evangelho que eles pregavam e ensinavam!


Sendo assim, concluo com mais esta boa recomendação, agora de Romanos 12: 9 e 21 que diz: “Odeiem tudo que é mau. Apeguem-se firmemente ao que é bom. Não deixem que o mal os vença, mas vençam o mal praticando o bem.”


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Marina M. Kumruian

53/53 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS” 53/53 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Vamos então às “considerações finais”! Só fique bem claro,...