Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”
15/52 – O VASO E O OLEIRO
Já comentei aqui em outras ocasiões como é recorrente Deus falar um mesmo tema pelas mais diversas maneiras possíveis. Isto tem acontecido com o tema desta série que, aliás, nem ainda consegui recorrer a longa lista de referências bíblicas que selecionei ao longo destes anos visualizando esta verdade por toda a Palavra de Deus. Isto porque a cada semana uma “coincidência” nova e fresca recai no meu coração para abordar aqui... assim é a dinâmica atual do Reino!
E o tema deste sábado surgiu de uma destas sequências de indicações que o Espírito Santo me mostrou fazendo-me crer que este era o título por Ele escolhido para a abordagem de hoje. Acho que tudo começou ontem mesmo quando pela manhã meu sobrinho compartilhou no grupo da família o louvor intitulado “Oleiro”! Na hora eu só lembrei que, no dia anterior, a mensagem que recebo todos os dias da Sarah Young falava alguma coisa sobre isso, e ao checar deparei-me com a declaração: “EU SOU O OLEIRO; VOCÊ É MEU BARRO.” E sem hesitar, também compartilhei com ele no grupo. Não demorou muito, e meu outro sobrinho, admirado, também postou a foto do seu devocional de 8/4 intitulado “Um vaso útil”. E mais surpresa ainda, foi aí que me dei conta que no culto que fomos na quinta-feira (um dia antes) o pastor começou a pregar exatamente sobre Jeremias descendo à Casa do Oleiro (Leia Jeremias 18)! E pra completar, meu filho conta também que seu amigo oleiro vai expor seus vasos amanhã pela 1ª vez e eles estavam conversando sobre os paralelos dos vasos com o cristianismo ao mesmo tempo que falávamos sobre isso no grupo familiar. Gente do céu, pensei! Aí tem algum mistério nestas “casualidades”!! Vamos então explorar este tema é já! E nada melhor do que começar pelo início do nosso começo e lembrar da nossa origem e do nosso destino de acordo com Gênesis 3:19 onde Deus mesmo disse que Adão voltaria “à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará.” (Compare também Jó 10:9)
Mas entre este início e fim temos o período intermediário no qual este barro passa pelas mãos do Oleiro e é moldado e remodelado até alcançar a forma perfeita para a qual foi criado, vasos de honra, vasos úteis ao Seu Possuidor!
E é justamente neste processo doloroso do vaso nas mãos do oleiro que podemos perceber a bondade e a severidade de Deus! Bondade em nos tirar do pó, e de uma massa sem forma e inútil, trabalhar uma obra de arte, “feitura sua para boas obras”! Mas quem conhece o passo a passo da transformação a que se é submetido este barro bruto, vai identificar a severidade dolorida desta habilidosa escultura! Por curiosidade pesquisei um artigo bastante interessante sobre isso e anexo o link abaixo para a sua apreciação também... leia, muito contribuirá para o propósito desta reflexão!
Acredito que o profeta estava pensando nesta bondade e severidade do Pai quando suspirou: “Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro; tu és o oleiro. Todos nós somos obra das tuas mãos. Não te ires demais, ó Senhor.... (Isaías 64:8,9) No entanto, é neste limpar, moer, amassar, modelar, queimar, resfriar, secar, muitas vezes até quebrar e refazer que adquirimos a boa forma! Inclusive, reparando o tema das duas últimas semanas, abordei Romanos 11 e depois o 13, mal sabia que retornaria hoje no 12 para ressaltar a célebre recomendação do apóstolo: “Não vos amoldeis (ou conformeis) ao sistema deste mundo, mas sede transformados...” (v:2). Temos sido barro duro ou modelável pelo Oleiro?
Como está a perFORMAnce do seu vaso? Fomos FORMADOS à imagem e semelhança do Pai, mas nos DEFORMAMOS e acabamos por nos CONFORMAR com a situação, até sermos INFORMADOS que seria possível nos DESENFORMAR da FORMA do mundo e nos ENFORMAR novamente nos moldes do céu permitindo a TRANSFORMAÇÃO que as mãos do Oleiro podem produzir quando mistura o nosso ser na Água Viva da Palavra! Nela renovamos nossa mente e restauramos o nosso coração segundo o coração original de Deus em nós, sedimentando esta obra com o Fogo Consumidor e Purificador do Espírito Santo. E pintados de vermelho com o sangue de Jesus, guardamos “esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que o poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós.” (2 Coríntios 4:7)
Diante desta explanação, não vamos reclamar quando a bondade de Deus nos submeter ao seu processo severo de remodelagem, tendo em vista que só assim seremos transformados nestes vasos úteis em suas mãos! Esta foi a conclusão que o rei Davi chegou: “Antes de ser afligido, eu andava desviado, mas agora obedeço à tua palavra. Tu és bom, e o que fazes é bom; Foi bom para mim ter sido castigado, para que aprendesse os teus decretos. As tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me este entendimento...!” (Salmos 119:67-73) Um bom tema para a semana que vem!!!
Compartilhei minha 15ª semana de 2022
Marina M. Kumruian
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