Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”
32/52 – EM TODO TEMPO
Você sabia que hoje é comemorado o Dia de São Salvador do Mundo por algumas religiões? São Salvador do Mundo é considerado o santo padroeiro da cidade brasileira de Olinda, em Pernambuco. Assim, nesta data é feriado municipal nesta localidade, bem como em até várias outras onde 6 de agosto se celebra a festa do ‘Dia do Senhor Bom Jesus’!
Pegando este “gancho” que nos fez reportar a Jesus como o Salvador do mundo, como o Bom Jesus, lá vou eu outra vez considerar a Bondade e a Severidade deste Salvador que tem não só o poder de salvar (glórias e graças a Deus por isso!), mas também de destruir, de acordo com Tiago 4:12 que afirma: “Há apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir.” Sim, a um Justo Juiz bem se aplica o título de Salvador, porque está em suas mãos o poder de livrar ou condenar. Destruindo o culpado, ele salva o inocente. Livrando o inocente, ele condena o culpado.
E como já apresentamos os dois lados da moeda exaustivamente ao longo destas semanas, poderia até nem mais tocar neste assunto, no entanto, ainda se faz necessária a repetição, pois ela é a mãe da aprendizagem (“Repetitio est mater studiorum”). Até mesmo porque ainda outro dia, inclusive, fui desafiada por um leitor assíduo das minhas reflexões a considerar a bondade e a severidade de Deus na época da Graça (como se eu já não o fizesse)! Então, justamente por isso comecei com uma declaração apostólica bem neotestamentária!
E para quem ainda tem esta dificuldade em considerar a Bíblia um Único Livro que registra uma só História, escrita por um mesmo Autor, eu reafirmo que o Deus do Antigo Testamento é o mesmo do Novo, ainda que alguns devam pensar que lá Ele era “maldosamente severo” e aqui Ele se converteu em um Deus “benignamente bondoso”. Não!
Tanto que o Antigo Testamento aponta para o Novo e o Novo cumpre o Antigo. Há uma concordância Bíblica de capa a capa das Escrituras! Aliás, no rodapé da referência de Tiago eu encontrei textos de Isaías que igualmente apresentam o paralelo da bondade e da severidade de Deus, observe: “Pois o Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso rei; é ele que nos salvará.” (Isaías 33:22 mostrando a BONDADE em SALVAR) “O Senhor está indignado contra todas as nações; sua ira está contra todos os seus exércitos. Ele os destruirá totalmente, ele os entregará à matança.” (Isaías 34:2 mostrando a SEVERIDADE em DESTRUIR) Ambas considerações apresentadas por Tiago no NT.
O próprio Bom Jesus considerou a severidade de Deus em seus sermões na época da graça, veja este exemplo: “Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno.” (Mateus 10:28) Da mesma forma, achamos claramente a bondade e a misericórdia de Deus proferidas pelos profetas da antiguidade, veja este exemplo agora de Ezequiel 33:11 - “Juro pela minha vida, palavra do Soberano Senhor, que não tenho prazer na morte dos ímpios, antes tenho prazer em que eles se desviem dos seus caminhos e vivam. Voltem! [também traduzido por “Arrependam-se”] Voltem-se dos seus maus caminhos! Por que iriam morrer, ó nação de Israel?’” Sim, o AT também pregava o Arrependimento para a salvação!
É muito comum associarmos a história de José no Egito como um “tipo” de Jesus, é o Antigo Testamento mostrando em sombras a realidade da plenitude dos tempos de hoje. Nesta passagem de Gênesis 42:21, os “culpados” temem a condenação e dizem: “Certamente estamos sendo punidos pelo que fizemos a nosso irmão. Vimos como ele estava angustiado, quando nos implorava por sua vida, mas não lhe demos ouvidos; por isso nos sobreveio esta angústia”. Seria muito justa a condenação deles, tanto quanto a nossa que, de igual modo, “éramos por natureza merecedores da ira” (Efésios 2:3) Mas como Jesus, José também foi perdoador, ambos provando o que Tiago do NT continuou dizendo: “a misericórdia triunfa sobre o juízo!” (2:13) e o que Miquéias 7:18 do AT também dizia: “Quem é comparável a ti, ó Deus, que perdoas o pecado e esqueces a transgressão do remanescente da sua herança? Tu que não permaneces irado para sempre, mas tens prazer em mostrar amor.” Sim, o AT também pregava a Graça do perdão para a salvação!
Assim, concluímos que a “ira severa da punição” divina não durou só no AT, ela dura até que um coração quebrantado e contrito eleve uma sincera e profunda oração de arrependimento suplicando por perdão, a partir daí o “amor bondoso da graça” de Deus tem sempre o prazer de se manifestar em todas as épocas da sua mesma história!
Compartilhei minha 32ª semana de 2022
Marina M. Kumruian
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