sábado, 13 de agosto de 2022

33/52 – PAIS & FILHOS

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”


33/52 – PAIS & FILHOS


Aproveitando que amanhã é Dia dos Pais, vou me reportar a duas parábolas de Jesus que trazem uma representação de Deus Pai na figura do pai destas estórias. Vamos reparar que cada um deles tinham 2 filhos que também podem simbolizar o filho que considera a bondade do pai e o outro filho que considera a severidade do mesmo pai.


Uma delas é a mais conhecida Parábola do Filho Pródigo. Nela, um mesmo pai tem um filho mais novo que considerava excessivamente a bondade de seu pai a ponto de já reivindicar sua herança antes do tempo e desperdiça-la de maneira irresponsável. Obviamente, este filho abusou da bondade de seu pai e acabou sendo considerado um filho mal porque deixou de considerar a severidade que o levaria a uma postura mais cautelosa. 


Por outro lado, sabemos que este pai tinha um outro filho mais velho que tão rigorosamente considerava a severidade de seu pai que nem sequer sentia a liberdade de matar um cabrito para festejar com seus amigos! Tal era o conceito acentuado de severidade que ele tinha do seu pai que nem conseguia admitir tamanha bondade paterna demonstrada ao receber de braços abertos o filho arrependido.


Estes 2 filhos faltaram com o equilíbrio na consideração da bondade e da severidade do pai. Representam perfeitamente alguns de nós que, ou se perdem lá fora no pecado por conta da demasiada confiança na graça bondosa de Deus Pai, ou se perdem mesmo dentro da lei por conta do escravizante terror da justa severidade do Senhor Deus. Bem que poderia ter um arquétipo mais equilibrado em um terceiro filho para dar o exemplo da sóbria prudência de quem teme em amor e ama com temor na dosagem certa!


O mesmo vemos na segunda parábola que quero complementar. Ela se encontra em Mateus 21:28 a 32 (a outra acima está registrada em Lucas 15:11 a 32). Jesus começa contando assim: “O que vocês acham? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: ‘Filho, vá hoje trabalhar na vinha.’ Ele respondeu: ‘Não quero ir.’ Mas depois, arrependido, foi. Dirigindo-se ao outro filho, o pai disse a mesma coisa. Ele respondeu: ‘Sim, senhor.’ Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Eles responderam: ‘O primeiro.’ Então Jesus disse: Em verdade lhes digo que os publicanos e as prostitutas estão entrando no Reino de Deus primeiro que vocês. Porque João veio até vocês no caminho da justiça, e vocês não acreditaram nele; no entanto, os publicanos e as prostitutas acreditaram. Vocês, porém, mesmo vendo isso, não se arrependeram depois para acreditar nele.” Jesus, quer saber o que eu acho? Que também, bem podia ter mais um filho para dar o perfeito exemplo de dizer: “Sim” e fazer o que disse. Mas concordo que dos 2, o melhor ( ou menos mal) foi mesmo o que resolveu depois fazer o que o pai pediu, ainda que a princípio não tenha mostrado disposição em obedecer. Este primeiro que usou de honestidade em responder francamente que não queria ir trabalhar, parece ter considerado inicialmente a bondade de Deus, mas se retratou quando provavelmente considerou a severidade do pai e não quis sofrer as consequências maléficas da desobediência. Já o segundo que respondeu o “sim, senhor”, estava de cara consciente da severidade autoritária do “senhor” seu pai, mas não permaneceu nela na “hora H”... quem sabe tentou flertar com a bondade que ele sabia também existir no coração do seu pai. Só que desta forma, acabou não satisfazendo a ordem paterna. 


Bem, diante do exemplo destes 4 filhos, longe de mim esteja ser como o filho mais velho de Lucas 15 ou como o “sim, senhor” de Mateus 21! Ainda que tinham “aparência” de bonzinhos, acabaram mal!! Pelo menos o filho pródigo e o outro que confessou não querer fazer a vontade do pai, ambos, experimentaram a oportunidade preciosa da mudança de ideia por meio do arrependimento! E ainda que se mostraram transparentemente negligentes no princípio, acabaram sendo transformados e transformando suas atitudes ruins em boas!


Quisera eu poder ser, do começo ao fim, como uma filha perfeitamente equilibrada no amor e na obediência com o meu Bondoso e Severo Pai Celestial de tal maneira que, em tudo e em todo o tempo, Ele pudesse contar com a minha prontidão em dizer “sim, meu amado Pai e Senhor, ainda que eu não queira fazer o bem, ou ainda que eu deseje fazer o mal, levarei sempre a minha vontade para a cruz, para que não seja como eu quero, mas sim, como Tu queres, farei!"


Compartilhei minha 33 semana de 2022


Marina M. Kumruian

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