Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”
5/52 – JESUS, O ÚLTIMO ADÃO
O que vimos nestas 1ªs semanas, nos 1ºs capítulos do 1º livro do 1º Testamento com o 1º homem da raça humana, irá fazer um paralelo nesta última semana do 1º mês, nos últimos capítulos do 1º livro do último Testamento com o 2º Homem de uma nova raça, a raça eleita, humanamente divina em Cristo Jesus, também conhecido como o último Adão. Vimos o teste com o primeiro Adão, agora veremos com o último!
“Como está escrito: ‘O primeiro homem, Adão, tornou-se um ser vivente’; o último Adão, espírito vivificante. Não foi o espiritual que veio antes, mas o natural; depois dele, o espiritual. O primeiro homem era do pó da terra; o segundo homem, do céu.” (1 Coríntios 15:45-47). Encontramos nesta, e em algumas outras passagens do Novo Testamento, a comparação entre estes dois cabeças de raças, já que “Adão, era um tipo daquele que haveria de vir.” (Romanos 5:14) Porém, dentro do nosso assunto, o que aconteceu com Adão foi também um “tipo” do que aconteceria com Jesus, como que uma “prova de recuperação” no teste que os primeiros candidatos foram reprovados e perderam a posição às vagas de ministros do Reino de Deus. Vimos o teste com o primeiro Adão, agora veremos com o último!
O teste, de fato, não era outro senão o mesmo que tem sido aplicado a cada um dos milhares e milhares de novos aspirantes ao Reino: CONSIDERAR A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS! Embora hoje eu tenha pulado de Adão para Jesus, entre estas duas gerações existiram inúmeras outras histórias de seus descendentes, dos patriarcas, dos juízes e reis, de tantos homens e mulheres que, certamente, não nos faltarão semanas para examinar cuidadosamente a prova de cada um deles! Mas estes dois iniciais são, de fato, as peças chaves de todos os que vieram antes e depois de Cristo, são as duas únicas árvores genealógicas com as quais identificaremos os frutos que temos produzido, de acordo com a concepção da semente que escolhemos cultivar em nossos corações: a semente da terra ou a do céu, a natural ou a espiritual, a primeira ou a última. A consideração completa ou a parcial! Vejamos, então:
Comparando a determinação divina para Adão: “...não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal... porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá.” A bondade de Deus para com o 1º Adão foi tanta, que Ele desejou poupá-lo da morte decorrente do pecado ao preveni-lo das consequências da desobediência. Diferente da severidade divina para com Jesus, pois “foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer” (Isaías 53:10). Enquanto que no plano da Criação, Deus deu o mundo para Adão viver a vida eterna sem pecado, no plano da Redenção, Deus deu Jesus ao mundo para que o Cristo morresse, fazendo-se “pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21). Jesus considerou a severidade de Deus quando “foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca.” (Isaías 53:7) Na verdade, Ele abriu a boca sim, também em seu Jardim, mas foi uma oração humilde e quebrantada de quem, “embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hebreus 5:8) dizendo: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres". (Mateus 26:39). Jesus considerou o Senhorio e a Autoridade do Pai acima da sua própria vontade. Negou-se a si mesmo! Adão quando quis provar do fruto que Deus não lhe ofereceu, nem sequer consultou ao Pai quanto a possibilidade de passar para ele aquela frutinha para poder experimentar, ele o fez por sua livre e espontânea (má) vontade. No entanto, coube a Jesus beber do cálice da Ira de Deus contra o fruto do pecado degustado por toda a humanidade! Ele bebeu e, no dia que dele bebeu, certamente morreu! O juízo divino que também combinou bondade e severidade, justiça e misericórdia.
Considere a Bondade e a Severidade de Deus em Jesus, o Último Adão!! Eu considero, sim, a bondade porque Nele recebemos a Redenção, a Salvação, a Justificação, a Reconciliação, a Libertação... o tudo de BOM que recebemos Nele!
Mas considero, sim, também a severidade que Ele teve que experimentar em meu lugar, sendo traído, negado, rejeitado, condenado, afligido, cuspido, esbofeteado, ultrajado, maltratado, zombado e crucificado por mim, o tudo de mais SEVERO que não recebi em Seu lugar, o castigo que foi sobre Ele, e que hoje me traz a paz!! Sim, eu tenho que considerar o grande amor de Deus por mim ao executar este Cordeiro para me revestir de roupas limpas! Tenho que considerar a graça e a misericórdia do Pai ao conquistar todo este pacote eterno da salvação oferecida a mim sem merecimento algum!! Mas, se eu não considerar a severidade com que Deus tratou o pecado para resolver tudo isso, o fruto do pecado ainda me parecerá gostoso e tentador, podendo me levar outra vez a escolher a árvore genealógica errada, desprezando a severidade de Deus e banalizando sua bondade como os que “crucificam de novo para si o Filho de Deus e o expõem à ignomínia.” (Hebreus 6:6)
Compartilhei minha 5ª semana de 2022
Marina M. Kumruian