sábado, 29 de janeiro de 2022

05/52 – JESUS - O ÚLTIMO ADÃO

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”

5/52 – JESUS, O ÚLTIMO ADÃO


O que vimos nestas 1ªs semanas, nos 1ºs capítulos do 1º livro do 1º Testamento com o 1º homem da raça humana, irá fazer um paralelo nesta última semana do 1º mês, nos últimos capítulos do 1º livro do último Testamento com o 2º Homem de uma nova raça, a raça eleita, humanamente divina em Cristo Jesus, também conhecido como o último Adão. Vimos o teste com o primeiro Adão, agora veremos com o último!


“Como está escrito: ‘O primeiro homem, Adão, tornou-se um ser vivente’; o último Adão, espírito vivificante. Não foi o espiritual que veio antes, mas o natural; depois dele, o espiritual. O primeiro homem era do pó da terra; o segundo homem, do céu.” (1 Coríntios 15:45-47). Encontramos nesta, e em algumas outras passagens do Novo Testamento, a comparação entre estes dois cabeças de raças, já que “Adão, era um tipo daquele que haveria de vir.” (Romanos 5:14) Porém, dentro do nosso assunto, o que aconteceu com Adão foi também um “tipo” do que aconteceria com Jesus, como que uma “prova de recuperação” no teste que os primeiros candidatos foram reprovados e perderam a posição às vagas de ministros do Reino de Deus. Vimos o teste com o primeiro Adão, agora veremos com o último!


O teste, de fato, não era outro senão o mesmo que tem sido aplicado a cada um dos milhares e milhares de novos aspirantes ao Reino: CONSIDERAR A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS! Embora hoje eu tenha pulado de Adão para Jesus, entre estas duas gerações existiram inúmeras outras histórias de seus descendentes, dos patriarcas, dos juízes e reis, de tantos homens e mulheres que, certamente, não nos faltarão semanas para examinar cuidadosamente a prova de cada um deles! Mas estes dois iniciais são, de fato, as peças chaves de todos os que vieram antes e depois de Cristo, são as duas únicas árvores genealógicas com as quais identificaremos os frutos que temos produzido, de acordo com a concepção da semente que escolhemos cultivar em nossos corações: a semente da terra ou a do céu, a natural ou a espiritual, a primeira ou a última. A consideração completa ou a parcial! Vejamos, então: 


Comparando a determinação divina para Adão: “...não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal... porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá.” A bondade de Deus para com o 1º Adão foi tanta, que Ele desejou poupá-lo da morte decorrente do pecado ao preveni-lo das consequências da desobediência. Diferente da severidade divina para com Jesus, pois “foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer” (Isaías 53:10). Enquanto que no plano da Criação, Deus deu o mundo para Adão viver a vida eterna sem pecado, no plano da Redenção, Deus deu Jesus ao mundo para que o Cristo morresse, fazendo-se “pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21). Jesus considerou a severidade de Deus quando “foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca.” (Isaías 53:7) Na verdade, Ele abriu a boca sim, também em seu Jardim, mas foi uma oração humilde e quebrantada de quem, “embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hebreus 5:8) dizendo: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres". (Mateus 26:39). Jesus considerou o Senhorio e a Autoridade do Pai acima da sua própria vontade. Negou-se a si mesmo! Adão quando quis provar do fruto que Deus não lhe ofereceu, nem sequer consultou ao Pai quanto a possibilidade de passar para ele aquela frutinha para poder experimentar, ele o fez por sua livre e espontânea (má) vontade. No entanto, coube a Jesus beber do cálice da Ira de Deus contra o fruto do pecado degustado por toda a humanidade! Ele bebeu e, no dia que dele bebeu, certamente morreu! O juízo divino que também combinou bondade e severidade, justiça e misericórdia.


Considere a Bondade e a Severidade de Deus em Jesus, o Último Adão!! Eu considero, sim, a bondade porque Nele recebemos a Redenção, a Salvação, a Justificação, a Reconciliação, a Libertação... o tudo de BOM que recebemos Nele!

Mas considero, sim, também a severidade que Ele teve que experimentar em meu lugar, sendo traído, negado, rejeitado, condenado, afligido, cuspido, esbofeteado, ultrajado, maltratado, zombado e crucificado por mim, o tudo de mais SEVERO que não recebi em Seu lugar, o castigo que foi sobre Ele, e que hoje me traz a paz!! Sim, eu tenho que considerar o grande amor de Deus por mim ao executar este Cordeiro para me revestir de roupas limpas! Tenho que considerar a graça e a misericórdia do Pai ao conquistar todo este pacote eterno da salvação oferecida a mim sem merecimento algum!! Mas, se eu não considerar a severidade com que Deus tratou o pecado para resolver tudo isso, o fruto do pecado ainda me parecerá gostoso e tentador, podendo me levar outra vez a escolher a árvore genealógica errada, desprezando a severidade de Deus e banalizando sua bondade como os que “crucificam de novo para si o Filho de Deus e o expõem à ignomínia.” (Hebreus 6:6)


Compartilhei minha 5ª semana de 2022


Marina M. Kumruian

sábado, 22 de janeiro de 2022

04/52 - ADÃO E EVA II

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”

4/52 - ADÃO E EVA II


Há muito mais ainda para considerar neste começo de conversa! Ainda quero voltar ao “início” de tudo e descobrir outros “meios” de chegar a um “final” mais feliz do que os deles! Quanto àquela questão do Senhorio Severo do Bondoso Deus Criador, eu ainda quero analisar com mais pormenores a vontade de Deus e a vontade de Eva, porque creio estar aí um grande segredo para se acertar esta prova cujo enunciado diz “venha a nós o Teu Reino e seja feita a Tua vontade”!


A desobediência ao Governo Divino, à ordem do Rei, no Reino de Deus por parte de Adão e Eva, caracterizou uma usurpação de poder e autoridade que não era devida à criatura e sim única e exclusivamente ao Criador. A presença das duas árvores no centro do jardim bem que pareciam representar as duas opções: nutrir-se da vontade divina para viver Sua bondade ou alimentar o desejo da carne para morrer na Sua severidade. De acordo com Romanos 12:2, a vontade de Deus é “boa, agradável e perfeita”. Mas de acordo com Genesis 3:6, a árvore pela qual a vontade humana se sentiu atraída era apenas “boa para se comer e agradável aos olhos”, faltou o adjetivo mais importante: não era perfeita! Isto implica em afirmar que a nossa vontade própria é imperfeita, que nosso livre-arbítrio pode nos escravizar a uma vida desprovida da perfeição que o Criador idealizou desde o princípio para cada um de nós! Note bem: a vontade de Eva não era por uma coisa má e desagradável, pelo contrário, boa e agradável, mas não perfeita! Da mesma maneira, não é nada mal considerar só a bondade agradável de Deus, apenas não é perfeito, falta completar considerando a severidade!


Eva poderia ter respondido para a serpente como Jesus respondeu: “Tenho algo para comer que você não conhece". Disse Jesus: "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra.” (João 4:32-34)


Deus foi tão bondoso dotando o ser humano com 5 sentidos tão perfeitos para captar e experimentar toda Sua perfeita vontade. Eva, no entanto, se utilizou de cada um deles para degustar o fruto mais podre e envenenado que podia existir.  Ela ouviu a tentação, falou com o tentador, viu a árvore, tocou no fruto e comeu a semente do pecado! Sua audição desprezou a voz de Deus, sua fala se calou perante o Criador, seus olhos não viram o Senhor assentado num alto e sublime trono, nem suas mãos tocaram no manto do Rei, por isso seu paladar não saboreou a perfeita vontade do Pai.


Diante disso, o Senhor Deus, considerou a maldade e a infidelidade das suas criaturas e Seu caráter Justo e Fiel, não poderia inocentar o culpado, como Pai bondoso Ele precisaria corrigir os filhos desobedientes e como Rei severo Ele não poderia deixar impune os transgressores. Entretanto, até no processo do juízo divino Ele combinou bondade com severidade, justiça com misericórdia. Como Justo Juiz, Ele ouviu cada uma das partes, chamou primeiramente Adão e depois Eva, inquirindo cuidadosamente “onde” estavam na hora do crime (3:9), “quem” falou com eles (3:11) e “o que” foi que eles fizeram (3:13). Por causa da Sua bondade Ele não os condenou sem oferecer ao menos a oportunidade de defesa ou confissão. Oportunidade perdida! Não se ouviu “pequei”! Não se viu sinais de arrependimento! Ninguém falou “me perdoe”! Os réus não se deixaram tocar pela bondade de Deus, logo eles tiveram que engolir a sentença. Deus amaldiçoou a serpente e a terra, mas não o homem nem a mulher. Contudo, a separação que o pecado traz para a comunhão com Deus é severa! O Criador separou a luz das trevas (1:4), separou as águas de cima das águas de baixo (1:6); separou o dia da noite (1:14) e a lua do sol (1:18). Aqui o Criador separou o Santo do profano, o puro do impuro.


O Senhor foi severo com o animal inocente que matou para poder ser bondoso com o homem e a mulher que vestiu. Ele foi bondoso em ainda permitir que a terra lhes fornecesse os frutos, ainda que com severo suor! Ele permaneceu bondoso mantendo-os fecundos para multiplicarem-se e encherem a terra de filhos, ainda que com severas dores!


“Por isso o Senhor Deus o mandou embora do jardim do Éden para CULTIVAR o solo do qual fora tirado. Depois de expulsar o homem, colocou a leste do jardim do Éden querubins e uma espada flamejante que se movia, para GUARDAR o caminho para a árvore da vida.” (3:23,24) Antes da queda, o Criador tinha ordenado a Adão a dupla tarefa de cultivar e guardar o jardim, mas como ele não passou na experiência de guardador e cuidador, passaria agora apenas a cultivar o solo, e como ele também havia sido tirado do solo, como também era pó, deveria cultivar o seu próprio corpo agora também danificado pelos espinhos e abrolhos do pecado, até que um novo e vivo caminho voltasse a ser aberto e dar acesso à Árvore da Vida, à Videira Verdadeira, na qual seríamos bondosamente enxertados por fé ou severamente cortados pela incredulidade!


Compartilhei minha 4ª semana de 2022


Marina M. Kumruian

sábado, 15 de janeiro de 2022

03/52 - ADÃO E EVA I

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”


3/52 - ADÃO E EVA I


Pois bem, começamos na semana passada contando a história da “bondade e da severidade de Deus” desde o princípio de tudo com a experiência emblemática de Adão e Eva. Por ter sido o primeiro episódio da série que perdura até nossos dias repetindo a mesma cena, só mudando os endereços e os personagens, vale a pena dar um replay por outros ângulos para considerar melhor a bondade e a severidade de Deus ali reveladas.  O comportamento deste casal teve tamanha repercussão na raça humana a ponto de ser reconhecido como a matriz que reproduziu exponencialmente o mesmo pecado por todas as gerações. Sendo assim, fazemos bem em ver e rever a prova para tentarmos aprender um pouco melhor com os erros dos nossos antepassados e procurar acertar um pouco mais corrigindo as nossas semelhanças.


Discorremos bem rapidamente sobre a extrema BONDADE do Deus Criador revelada em cada um dos 6 dias da gloriosa criação que Ele entregou aos cuidados de Adão para ser a morada enfeitada da primeira família do mundo. Um paraíso, como bem significa o nome Éden! Uma curiosidade me chamou muito a atenção desta vez, repare que neste 1º capítulo o Criador é chamado apenas de “Deus” em todas as 30 vezes que é mencionado na minha versão (NVI)! Já no 2º capítulo, no qual Ele agora começa a dar as ordens para as suas criaturas, o nome de Deus passa a vir acompanhado com um título bastante expressivo à sua frente sendo então chamado de “Senhor Deus”, por pelo menos 11, das 13 vezes que é mencionado! Isto me pareceu querer dizer que, enquanto em Gênesis 1 Ele é o Criador, consideramos a BONDADE de “DEUS”, mas a partir de Gênesis 2, como Senhor, começamos a ter que considerar não só a bondade de Deus pelo que Ele nos deu, mas também a SEVERIDADE do “SENHOR DEUS” pelo que nós deveríamos lhe dar, ou seja, nossa obediência ao Seu Senhorio, ao Seu Reino e Governo, às Suas vontades e não às nossas! Esta questão dos títulos é muito significativa quando se trata de “consideração”! Observei isso logo no início do meu relacionamento com meu marido, quando orávamos juntos ele se dirigia a Deus chamando de Papai e eu de Senhor. Acho até que foi a partir daí que me dei conta deste desequilíbrio, porque percebia muito mais amor que temor à Deus por parte dele, e ele por sua vez, devia notar muito mais temor que amor da minha parte. Providencialmente, estas nossas diferenças tem servido para nos complementar e ponderar mais equilibradamente cada conceito. Completando também ainda este aspecto, você também vai notar no capítulo 3 que nas falas de satanás ele só usa “Deus”, mas as falas do narrador mantém a designação “Senhor Deus”! Por favor me entenda bem, não estou dizendo que é errado chamar Deus de Pai, de maneira alguma, só alerto para o cuidado de não considerá-Lo de forma incompleta. Ele é Deus tanto quanto é Senhor, quanto é Pai, Rei, Amigo, Mestre... enfim, Ele é tanto um Ser de extrema bondade quanto de perfeita severidade! Considere-O por completo! Esta já é uma questão que Eva não acertou! Nem satanás como Lúcifer no céu nem como serpente na terra!


Aliás outro grande erro de Eva foi considerar mais a “falsa bondade” de uma criatura dando ouvidos a uma serpente e atendendo ao seu apelo sugestivo e tentador do que considerar a “autentica severidade” do Criador não levando a sério a credibilidade e a autoridade da Palavra de Deus. Esta é uma outra questão que muitos de nós, levados pelo engano de “falsos mestres”, também temos sido reprovados nas nossas respostas ao Criador influenciados por outras criaturas. Quanto a isso, muito bem nos alertou o apóstolo Paulo com seu zelo pelos coríntios: “O que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a Cristo. Pois, se alguém lhes vem pregando UM JESUS QUE NÃO É AQUELE QUE PREGAMOS, ou se vocês acolhem UM ESPÍRITO DIFERENTE do que acolheram ou UM EVANGELHO DIFERENTE do que aceitaram, vocês o suportam facilmente” (2 Coríntios 11:3,4). Eva considerou um Deus incompleto que foi pregado pelo Diabo, deu lugar a um espírito maligno diferente do que o Criador tinha soprado neles e acreditou em um falso evangelho que não deveria considerar.


Isto prova que a fome pelo poder pode cegar até mesmo os olhos mais inocentes! Na verdade, a questão não é que eles “necessitavam ter” aquele fruto, eles já tinham em abundância todos os outros, era que eles “desejavam ser” como Aquele que tinha o que eles não tinham. A cobiça é sempre invejosa porque compara o que você tem não com o que você necessita, mas com o que o outro tem e você deseja. O orgulho é acionado quando alguém tem algo melhor do que temos, daí a comparação nos leva a desejar o que só nos servirá para atender a vã necessidade de ser melhor do que o outro. Assim foi com Lúcifer ao comparar-se com Deus, assim foi também com Eva... e ambos caíram! Aliás, assim será com todos que não fizerem a bondade de corrigirem esta questão aprendendo com o erro deles, todos de igual maneira também cairão severamente. “Aquele que está de pé, cuide para que não caia!” (1 Coríntios 10:12) Vamos cuidar?


Compartilhei minha 3ª semana de 2022


Marina M. Kumruian

sábado, 8 de janeiro de 2022

02/52 - DESDE O PRINCÍPIO

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS”(Romanos 11:22)

2/52: DESDE O PRINCÍPIO


Então vamos “começar do começo”! Assim, não concluiremos equivocadamente que esta consideração só passou a ser introduzida na era apostólica com o pronunciamento de Paulo aos Romanos. Ela já deveria ser observada lá no princípio, desde a origem da humanidade, no primeiro contato que os primeiros habitantes da Terra tiveram com o Deus dos Céus!


Nos dois primeiros capítulos do primeiro livro da Bíblia, nos é apresentado o primeiro cenário perfeito da BONDADE de Deus ao criar “os céus e a terra”! O Criador deu forma ao que estava deformado, encheu o que estava vazio e trouxe luz ao que estava em trevas! A criatividade fenomenal exibida nos vegetais, nos luminares celestiais, nos animais e em todas as demais criaturas fabulosas da mais extraordinária biodiversidade da Criação é mais do que uma extravagante demonstração da BONDADE de Deus para conosco! Isto porque mal e mal conseguimos dimensionar a grandeza e beleza sequer do nosso próprio planeta, quanto mais se pudéssemos explorar as galáxias infinitas do nosso gigantesco Universo! 


BONDADE é pouco para definir toda esta extrema gentileza do Pai Celestial em nos acolher neste “Admirável Mundo Novo” tão magnífico, criado e decorado esplendidamente para o nosso mais perfeito e harmonioso bem estar com a Natureza. Ele mesmo olhou para tudo quanto fez e “viu que tudo era muito bom”. Bom? Prá lá de sobre-excelente!!


Percebemos a superabundante generosidade do Senhor nas Suas primeiras palavras logo após a criação do primeiro casal: “Deus os abençoou, e lhes disse: ‘Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra’. Disse Deus: ‘Eis que lhes dou TODAS as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e TODAS as árvores que dão frutos com sementes. ELAS SERVIRÃO DE ALIMENTO PARA VOCÊS. E dou TODOS os vegetais COMO ALIMENTO a tudo o que tem em si fôlego de vida...” (Gênesis 1:28-30) No capítulo seguinte, temos ainda mais detalhes deste hortifruti natural do paraíso: “Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden (...) e ali colocou o homem que formara. O Senhor Deus fez nascer então do solo TODO TIPO DE ÁRVORES AGRADÁVEIS AOS OLHOS E BOAS PARA ALIMENTO. E no meio do jardim estavam a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal.” (Gênesis 2:8,9) Que banquete farto! Uma dieta quase que sem limites e sem abstinências! Quaaaaase! Pois vem aí uma pequena, mas significativa restrição: “E o Senhor Deus ordenou ao homem: ‘Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá’.” (Gênesis 2:16,17)


Pronto! Eis aqui claramente destacada a BONDADE e a SEVERIDADE de DEUS neste primeiro teste de obediência da humanidade! Podemos notar nos textos acima, destacando com as “maiúsculas”, que havia muito mais bondade e permissividade da parte de Deus ao conceder a liberdade de escolha entre a quase totalidade das opções de frutos, do que severidade na ÚNICA instrução normativa que proibia o consumo de apenas UMA, de TODAS as árvores. Concordo que a consequência decretada pela infração desta lei era mesmo rigorosamente severa, mas adequadamente justa! Porque o salário do pecado ficou desde então negociado em nada mais, nada menos, que a própria morte! 


A ordem foi dada, simples e clara, amplamente permissiva: “Coma livremente de qualquer árvore do jardim” e resumidamente restritiva: “mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal." O bom e severo aviso também foi anunciado, curto e grosso: "porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá."


Adão e Eva deveriam saber que “manda quem pode e obedece quem tem juízo”! Deus podia mandar e eles deviam ter juízo para obedecer! A transgressão deste casal ocorreu pela seguinte razão: NÃO CONSIDERARAM A SEVERIDADE DE DEUS!!! Certamente tiveram prazer em considerar a Sua BONDADE exagerada ao degustarem de TODO aquele delicioso jardim... mas não levaram em consideração o temor pela Sua SEVERIDADE soberana ao infringirem o ÚNICO preceito preestabelecido pela Autoridade Máxima sobre a vida deles. Talvez tenham caído no mesmo engodo que ainda ludibria a muitos que pensam poder escolher só o Deus bom em detrimento do Deus severo. Absurdo! Não temos a opção de considerar a bondade “OU” a severidade de Deus de acordo com nossas tendências preferenciais. Jamais! A recomendação é categórica: considere a bondade “E” a severidade de um mesmo e único Deus! Evidente que é muito mais fácil crer e receber da bondade divina, mas se não crermos e não considerarmos a Sua severidade, dela também receberemos! 


Compartilhei minha 2ª semana de 2022


Marina M. Kumruian

sábado, 1 de janeiro de 2022

01/52 - INTRODUÇÃO

 Série: "CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS" (Romanos 11:22)


1/52: INTRODUÇÃO


Bem-vindooo Anooo NoooVooo!!


Hoje, 1º dia do ano, privilegiadamente em um sábadooo! Já começamos bem! Fechando a última 52ª semana de 2021 e abrindo com a novíssima 1ª semana de 2022! E que venham mesmo mais 52 novos sábados deleitosos em DEUS!


Estou vivendo um novo tempo cheio de muitas mudanças (para quem ainda não sabe, mudei de cidade recentemente, e com isso muitas outras boas mudanças estão renovando meu novo estilo de vida aqui no Guarujá!), por isso pensei em também mudar um pouco o enfoque destas reflexões semanais. Diferente dos últimos 4 anos, nos quais comecei explorando mais os 4 Evangelhos a fim de considerar melhor as obras, os ensinos, os atributos e os dons de JESUS, agora, a partir deste ano trafegaremos mais livremente de Gênesis a Apocalipse com o propósito de considerar melhor o caráter de DEUS. No entanto, para isso teremos como base somente um verso para o ano todo: “Considere a bondade e a severidade de Deus” (Romanos 11:22). Na verdade, este versículo tem me chamado a atenção já há muitos anos! Desde o momento em que ele saltou diante dos meus olhos como a melhor e mais equilibrada recomendação para quem quer realmente conhecer a Deus de maneira integral e imparcial, eu fiz dele o meu tema favorito nas Escrituras. De fato, sempre sonhei em escrever um livro com este título e o imaginava tão grosso quanto uma Bíblia, justamente por enxergar nela, de capa a capa, as mais diversas e reveladoras manifestações deste caráter bom e severo do Senhor! De início comecei a anotar no rodapé da página de Romanos 11:22 as referências relacionadas, aos poucos elas foram tomando todas as margens e espaços vazios da folha, o que me fez ter uma pequena noção de quão vasto é este assunto! Claro que não tenho a pretensão de esgotá-lo nestas próximas 52 semanas, acredito mesmo que só por toda a eternidade é que teria o tempo, espaço e a consciência necessária para isso! Mas também não tenho pressa, estou entusiasmadíssima só de pensar em poder começar a realizar este projeto, uma página de cada vez... um sábado por semana... já será o suficiente para me satisfazer em dar andamento a esta proposta fascinante de “Considerar a bondade e a severidade de Deus”! Na melhor das hipóteses, estarei, pelo menos, tentando colocar em prática esta ordem!


Talvez, como eu, você também já tenha notado que as pessoas, ao longo da História da Humanidade, tem oscilado desequilibradamente entre estes dois pratos da balança justa do caráter divino. Especialmente na história da Igreja, houve tempos em que os fiéis viviam aterrorizados e oprimidos considerando apenas a severidade de um Deus Justo e Irado! Naquela época bem que poderia existir mais santidade e fidelidade no meio do povo de Deus, mas muito pouco relacionamento íntimo e grato com o Pai Bondoso e Amoroso. Já em outros tempos, em nome da superabundante graça de Deus, os crentes, por outro lado, usaram e abusaram das misericórdias do Senhor! Talvez, acreditando que elas se renovavam a cada manhã, eles se achavam no direito de esgotá-las todos os dias com seus abundantes “pecados naturais”! Nenhum dos dois extremos, entretanto, atende à perfeita compreensão da Primeira Pessoa de Trindade.


Percebo que esta dificuldade em conciliar BONDADE e SEVERIDADE divina em uma mesma balança conceitual tem trazido muita confusão e divisão no juízo correto a respeito de Deus. Acredito que o incômodo que isto tem me causado é a razão principal de eu me propor a examinar mais cuidadosamente as Escrituras, pois são elas mesmas que testificam a respeito DELE. Lamentavelmente, observo que as considerações apresentadas, de um modo geral, estão muito mais tendenciosas a anunciar em suas pregações, canções, orações e evangelizações, só o lado bom do “produto”, “vendendo” assim uma propaganda enganosa e incompleta. Não que a severidade seja o lado ruim, de maneira alguma, a severidade justa de Deus é muito mais benéfica do que uma bondade exagerada e incoerente que muitos tem, equivocadamente, atribuído ao Senhor! Por isso, se nas próximas reflexões eu salgar com umas pitadinhas a mais na severidade, não me tenha por partidária ao legalismo, apenas estarei compensando a carência do lado atualmente mais fraco para justamente oferecer uma consideração adequadamente temperada! 


Quero logo também deixar bem claro aqui que minha intenção não é me aventurar a descobrir e definir quem é DEUS por meio do meu raso conhecimento teológico e nem por minhas especulações meramente humanas na interpretação das Escrituras. Isso além de loucura, seria perda de tempo! Meu intuito é buscar, de todo meu coração, a revelação que nos está disponível pela ação do Espírito Santo, por meio da Oração e da Palavra, crendo pela fé que Ele se deixará achar, não para simplesmente receber um rótulo fidedigno, mas para nos proporcionar um relacionamento verdadeiro e real! 


Compartilhei minha 1ª semana de 2022


Marina M. Kumruian

53/53 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Série: “CONSIDERE A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS” 53/53 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Vamos então às “considerações finais”! Só fique bem claro,...